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Written by 09:58 Entretenimento

Conheça a história de Simon Leviev, o Golpista do Tinder

Conheça a história de Simon Leviv, o Golpista do Tinder que caiu em um dos golpes mais manjados da rede – após a venda de móveis nos Stories, é claro

Entenda a polêmica

Quem é o Golpista do Tinder?

Estreou recentemente na Netflix um documentário que conta a história de um cara chamado Simon Leviev, conhecido internacionalmente como o Golpista do Tinder.  

Simon tem 31 anos e nasceu em Tel Aviv. Criado em uma família judia ultra-ortodoxa, ele foi acusado em 2019 por três mulheres por falsificação ideológica e estelionato. 

Segundo as três vítimas, Cecilie Fjellhøy, Pernilla Sjoholm e Ayleen Charlotte, o homem começava a conversar com elas no aplicativo de relacionamentos, apresentava-se como o filho de um milionário, continuava a conversa no WhatsApp e começava um relação – nem sempre amorosa. Cheio de lábia, ele dizia que estava enfrentando “problemas de segurança” e pedia dinheiro para as moças, que se solidarizavam com a situação. Ao todo, o rombo que as vítimas tiveram ultrapassou os três dígitos. Uma das mulheres, sozinha, chegou a transferir para Simon mais de R$ 1 milhão!

Uma ficha policial extensa

Os crimes relacionados ao Tinder foram desmascarados pelo jornal norueguês VG. A conta dele foi suspensa do App e, em 2019, após a publicação da matéria, ele tentou fugir para a Grécia com um passaporte falso, mas foi capturado pelas autoridades em Atenas e extraditado para Israel, onde foi condenado a 15 meses de prisão e multado em cerca de R$ 250 mil.

Apesar das evidências, o israelense seguiu negando todas as acusações e, após cumprir cinco meses de prisão, foi solto, por causa de políticas relacionadas à pandemia de coronavírus. Após a estreia do documentário na Netflix, Simon excluiu sua conta no Instagram (há quem diga que ele ainda tenha outras camufladas), não sem antes publicar que em breve contaria sua versão da história.

Que versão seria essa? Bem, embora esteja livre perante a justiça de Israel, com relação ao caso do Tinder, o homem tem processos de fraude abertos no Reino Unido, na Noruega e na Holanda. Tudo começou em 2011, quando ele foi acusado de roubar e descontar cheques de colegas de trabalho, e teve que responder no tribunal por isso. 

Condenado a 15 meses de prisão, ele conseguiu fugir de Israel com seu primeiro passaporte falso e desapareceu na Europa. Quatro anos depois, foi capturado na Finlândia e cumpriu três anos de prisão.

Em 2017, ele voltou para sua terra natal, mas com o nome de Simon Leviev (o de batismo é Shimon Yehuda Hayu). Foi aí que ele passou a aplicar golpes usando o aplicativo “de namoro”.

O feitiço virou contra o feiticeiro

Simon Leviev leva golpe manjado de mulher

Depois de usufruir da maior vida boa, sustentada por suas vítimas, todas mulheres, o israelense caiu em um dos golpes mais mirins das redes sociais: o do selinho verificado no Instagram.

Segundo o site TMZ, uma moça abordou o homem virtualmente, quando ele ainda tinha sua conta no aplicativo, e disse que o namorado dela trabalhava na empresa Meta, de Mark Zuckerberg. Ela perguntou se ele não gostaria de ter uma conta verificada na rede, e a princípio Simon desconfiou.

Para ter certeza de que não seria passado para trás, ele agendou com o namorado da mulher um entrevista em vídeo. Um cara realmente conversou com Leviev, que mais tarde disse que parecia mesmo que ele estava falando de dentro da famosa companhia – fundo fake, muito provavelmente. 

O serviço custaria em torno de R$ 34 mil, e Simon caiu no conto do vigário. Assim que a transferência foi feita, o casal desapareceu. Vale destacar que o Instagram não cobra por selos de verificado. No caso do israelense, a vaidade deve ter falado mais alto… Quanta inocência para um golpista! 

Last modified: 3 de março de 2022
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