Teste realizado pela Corte e pela Polícia Federal, conduzido pelo TSE, garante que nenhum ataque hacker pode afetar as Eleições 2022. Saiba mais a seguir
Entenda a polêmica
As urnas eletrônicas são mesmo confiáveis?
O fim de semana não foi nada bom para aqueles que lutam em prol do voto impresso no Brasil. Isso porque, na última sexta-feira (13), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) concluiu os testes, conduzidos pela Corte e Polícia Federal, para atestar a segurança das urnas eletrônicas.
Chamado de TPS (Teste Público de Segurança), o processo contou com 29 planos para entender se ataques de hackers poderiam manipular os resultados das eleições deste ano. “Nenhum deles conseguiu alterar nenhum voto sequer ou mexer na totalização de votos registrados(…) Todas as camadas de segurança envolvidas na destinação e no sigilo do voto foram testadas”, explicou Sandro Vieira, juiz auxiliar da presidência do TSE.
Vieira ainda garantiu que melhorias estão sendo analisadas para tornar o sistema eleitoral ainda mais protegido, como, por exemplo, diminuir o tamanho da cabine eleitoral, para que o voto seja ainda menos comprometido.
A briga entre o TSE e Jair Bolsonaro
Não é de hoje que o presidente da República questiona as urnas eletrônicas, tendo ele inclusive já se manifestado diversas vezes a favor do voto impresso – algo pedido também por seus eleitores – e do envolvimento das Forças Armadas no processo.
Recentemente, Bolsonaro questionou novamente a segurança do sistema eleitoral brasileiro e irritou Edson Fachin, presidente do TSE, que disse que “a transparência das eleições, eleições limpas, seguras, transparentes, é questão de segurança nacional. Ninguém quer ter dúvidas, quando acaba a eleição, se aquele candidato que ganhou, ganhou mesmo”.
A título de curiosidade, o resultado do Teste Público de Segurança saiu no mesmo dia em que as urnas eletrônicas completavam 26 anos de existência no país, um marco no processo eleitoral do Brasil e do mundo.
Vale lembrar que o primeiro turno das Eleições 2022 acontecerá no dia 2 de outubro. Os eleitores deverão votar para presidente, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais. “Tenho certeza que nós vamos garantir a democracia no Brasil com eleições limpas transparentes por urnas eletrônicas”, atestou Alexandre de Moraes, ministro do STF.
Teve fraude nas eleições dos EUA?
Um documentário intitulado 2000 Mules garante ter provas de que a vitória de Joe Biden sobre Donald Trump nas últimas eleições presidenciais norte-americanas foi fraudada.
A equipe de produção contou com a consultoria do “True The Vote”, grupo que investiga a integridade eleitoral dos EUA, para chegar ao resultado, que pode ser assistido online pelos brasileiros, mediante uma taxa de US$ 20.
O “X” da questão é que ninguém sabe exatamente quem está por trás desse filme. Além disso, Jair Bolsonaro deu declarações que hoje circulam por aí como se fossem verdades cientificamente comprovadas.
Por exemplo, em janeiro de 2021, o presidente disse o seguinte: “O pessoal tem que analisar o que aconteceu nas eleições americanas agora. Basicamente qual foi o problema, a causa dessa crise toda: falta de confiança no voto. Então lá, o pessoal votou e potencializaram um voto pelos correios por causa da pandemia e houve gente que votou três, quatro vezes, mortos votaram, foi uma festa”.
Hoje, muitas pessoas reproduzem esse discurso como se ele tivesse saído de algum estudo, o que não é verdade.
Interessante também ressaltar que Bolsonaro questiona a validade de um sistema eleitoral que já o elegeu seis vezes, sendo uma delas para o cargo de presidente da República. Então, por que só agora as urnas eletrônicas não seriam confiáveis?!
Last modified: 3 de março de 2023
