Como se proteger do surto da varíola dos macacos?

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25 de julho de 2022

A OMS decretou neste final de semana que a varíola dos macacos é uma emergência global; veja a seguir como se proteger da zoonose silvestre

Saúde

Como se proteger do surto da varíola dos macacos?

A OMS (Organização Mundial da Saúde) classificou, no último sábado (23), o surto de varíola dos macacos (monkeypox) como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, que é quando um evento extraordinário oferece risco de saúde pública em escala global.

“Temos um surto que se espalhou rapidamente pelo mundo por meio de novos modos de transmissão sobre os quais entendemos muito pouco e que atendem aos critérios das regulamentações internacionais de saúde”, explicou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral do órgão, em coletiva de imprensa. 

Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dores no corpo, cansaço extremo, gânglios inchados e as famosas erupções cutâneas, que aparecem em forma de pequenas bolhas na pele. 

Recentemente, um estudo publicado no New England Journal of Medicine mostrou que 95% dos casos são transmitidos durante relações sexuais  desprotegidas. Contudo, os cientistas reforçam que a varíola dos macacos não é uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível). “A doença pode ser adquirida por meio de qualquer tipo de contato físico próximo. No entanto, nosso trabalho sugere que a maioria das transmissões até agora está relacionada principalmente à atividade sexual”, explica John Thornhill, um dos autores da pesquisa. 

Em meio a essa nova ameaça, fica o questionamento: o que é possível fazer para se proteger? 

Bom, profissionais da saúde indicam as mesmas recomendações de proteção contra o coronavírus: distanciamento social, uso de máscaras e higienização frequente das mãos. 

A realização da quarentena também é essencial para o controle da doença, que costuma durar entre duas e quatro semanas. 

Fora isso, o negócio é manter a imunidade alta, fazer sexo com preservativo e continuar protegendo-se contra a Covid-19, uma vez que agora as recomendações de segurança valem também para a varíola dos macacos. 

Ah! Apesar de existir uma vacina contra a varíola, ela é apenas aplicada em situações pontuais e não necessariamente garante proteção à variante silvestre do vírus. 

Por isso, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, está negociando com a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) a aquisição da vacina contra a monkeypox, cuja fabricante exclusiva é a empresa dinamarquesa Bavarian Nordi.

No Brasil, são 592 os casos da doença confirmados até o momento. No mundo, mais de 16 mil casos já foram registrados.