Tudo o que você precisa saber para começar o dia bem-informado
14 de julho de 2022
Especialistas garantem que o mundo já viveu a pior parte da pandemia de Covid-19, mas a OMS segue classificando a doença como emergência global
Entenda a polêmica
Coronavírus: o pior da pandemia realmente já passou?
Apesar da OMS (Organização Mundial da Saúde) decretar nesta semana que a pandemia de coronavírus continua sendo uma emergência internacional, o pesquisador Tulio de Oliveira, um dos responsáveis por identificar a variante Ômicron, acredita que “a parte mais mortal da pandemia passou”.
Em entrevista à VEJA, o especialista disse que aos poucos o mundo está voltando ao normal e que, no momento, novas variantes só podem emergir se quebrarem a imunidade prévia. “É difícil que aconteça novamente o que houve com a delta na Índia e a gama no Brasil”, assegurou.
Tulio também aproveitou a ocasião para elogiar o desempenho dos cientistas brasileiros, que conseguiram produzir uma vacina nacional, a Sinovac, feita em parceira com o Instituto Butantan. Ele, contudo, criticou a quantidade de desinformação política que tomou o país. “O Brasil precisa melhorar a comunicação para salvar vidas e ter a certeza, principalmente, de que as pessoas idosas têm as doses mais recentes das vacinas”, declarou.
É unanimidade entre os profissionais da saúde que o mundo já vivenciou a parte mais crítica da pandemia de Covid-19, e muito do cenário global hoje de flexibilização e até liberação de medidas restritivas se dá por causa da vacinação. Entretanto, é essencial respeitar as obrigatoriedades sanitárias ainda vigentes, para que o cenário não piore novamente.
Inclusive, o novo aumento da taxa de contaminação e mortes em diferentes regiões foi o que levou a OMS a manter a pandemia de coronavírus como uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional. “As novas variantes do vírus demonstram, novamente, que a Covid não está nem perto do seu final”, alertou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em coletiva de imprensa.
Tedros Adhanom Ghebreyesus,diretor-geral da OMS
Por isso, reforçando o que dissemos anteriormente, é preciso confiar na Ciência, lutar contra a desinformação, manter a vacinação em dia e respeitar as medidas sanitárias que ainda se fazem obrigatórias.
No Brasil, na última terça-feira (12), após 18 dias de média móvel em alta, ela se estabilizou em três regiões: Centro-Oeste, Sudeste e Sul. No Nordeste e Norte, contudo, os números seguem crescendo.
Hoje, o Brasil contabiliza 674 mil mortes pelo novo coronavírus e 33 milhões de casos confirmados. No mundo, mais de 6,3 milhões de pessoas morreram vítimas da doença.
O pior já passou, mas a pandemia ainda não acabou em todo canto do globo terrestre. Todo cuidado segue sendo pouco. Cuide de você e cuide dos seus.
Last modified: 3 de março de 2023
