Tudo o que você precisa saber para começar o dia bem-informado
26 de agosto de 2022
Você já se perguntou por que existem sósias no mundo? É mera coincidência ou há alguma explicação genética para isso? É o que você descobre a seguir!
Entenda a polêmica
Por que existem pessoas tão parecidas no mundo?
Katy Perry e Zooey Deschanel, Deborah Secco e Fernanda de Freitas, Margot Robbie e Emma Mackey… Sabe o que todas essas celebridades têm em comum? Elas são incrivelmente parecidas!
Instigado por esse universo dos doppelgängers (em alemão, pessoas que são “gêmeas”, mas não têm nenhum tipo de parentesco), o fotógrafo canadense François Brunelle realizou um ensaio, intitulado “Eu Não Sou um Sósia!”, em que fotografou essas pessoas semelhantes, que, muitas vezes, nem sequer se conheciam.
O projeto viralizou nas redes sociais e chamou a atenção do Dr. Manel Esteller, pesquisador do Instituto de Pesquisas de Leucemia Josep Carreras, em Barcelona, na Espanha, que já estudava a composição do DNA de gêmeos idênticos.
O cientista resolveu expandir seus horizontes e começar a estudar os doppelgängers, na tentativa de entender por que alguns serem humanos têm, como dizem por aí, a mesma forma. Eis que ele chegou a uma conclusão!
Foram analisados no total 32 pares de sósias, que haviam sido anteriormente fotografados por Brunelle. Usando um software de reconhecimento facial, 16 pares foram selecionados para a próxima fase do teste, justamente por alcançarem pontuações gerais semelhantes a de gêmeos idênticos.
Em um artigo publicado nesta semana pela revista Cell Reports, Esteller explicou que o DNA desses doppelgängers foram analisados e que eles compartilham genes significativos, ou seja, “partes importantes do genoma, ou a sequência de DNA”, como explica o pesquisador.
O estudo também serviu para responder a pergunta título desta matéria. Afinal, por que algumas pessoas são tão parecidas? A resposta é mais simples do que você imagina e está no crescimento populacional desenfreado. “Hoje, existem tantas pessoas no mundo que o sistema está se repetindo”, explicou o cientista, que garante que existe um número limitado de maneiras de “fabricar” um rosto, por exemplo.
Manel Esteller vai seguir com suas pesquisas e espera que, no futuro, elas contribuam para a medicina e para o diagnóstico precoce de doenças, uma vez que pessoas com genes semelhantes podem compartilhar também propensões para determinadas enfermidades.
Então, sim, a chance de você ter um doppelgänger com um DNA semelhante ao seu por aí é extremamente alta e tudo é uma relação entre genética e crescimento populacional. Pois é, as formas estão mesmo se repetindo! (risos)
Last modified: 3 de março de 2023