Viajar é remédio poderoso no combate à demência

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31 de agosto de 2022

Bora ir pro mundo? Cientistas descobriram que os estímulos recebidos durante uma viagem atuam no combate à depressão e na corrida contra a demência

Entenda a polêmica

Viajar é remédio poderoso no combate à demência

Parece óbvio dizer que viajar faz um bem danado, mas uma pesquisa publicada recentemente pela revista Tourism Management mostra que os benefícios da prática vão muito além!

Por exemplo, cientistas descobriram que em meio a novos estímulos, o cérebro passa por um processo de reestruturação, que é extremamente positivo em tratamentos contra a depressão e a demência. 

Quatro tipos de experiências contribuem para isso: a afetiva, que é aquela diretamente relacionada ao prazer proporcionado pela viagem; a cognitiva, que é todo o conhecimento adquirido durante a jornada; a conativa, que tem a ver com as interações entre as pessoas; e a sensorial, aquela relacionada aos sentidos, quando conhecemos um novo cheiro, experimentamos uma comida nova, admiramos uma paisagem diferente, e por aí vai.

A soma dessas experiências atua diretamente na reestruturação do cérebro, como se a pessoa estivesse fazendo exercícios mentais para a manutenção do órgão, que, assim como seu corpo, também precisa de “malhação”. Além de agir no combate aos sintomas da depressão, esses estímulos ajudam a retardar casos de demência genética. 

É interessante também traçar um paralelo com a atual realidade que vivemos: a do trabalho remoto. Muitos profissionais têm conseguido trabalhar de suas casas ou de qualquer lugar do mundo que tenha sinal de internet, o que significa que eles podem fazer viagens e conhecer lugares novos mesmo sem estarem de férias. Logo, a tendência pode se mostrar a longo prazo um eficaz remédio contra casos cada vez mais corriqueiros de estafa e burnout, pois, ao trabalhar de um lugar novo, o cérebro já entende tudo diferente – mesmo que o lugar seja uma cidade próxima ou até mesmo um restaurante. 

O estudo publicado pela Tourism Management é a comprovação máxima de que viajar é cuidar de si mesmo – e a gente espera que as coisas melhorem e que todas as pessoas consigam fazer viagens, por mais breves que sejam, pois a saúde mental é um caso de saúde pública e envolve justiça social.