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6 de setembro de 2022
A Amazônia não é só floresta. Na Amazônia não tem só indígena. A região é diversa e as vozes que nela moram precisam ser ouvidas com urgência!
Entenda a polêmica
5 mitos sobre a Amazônia que devem ser quebrados de vez
A semana começou com a celebração de uma data muito importante, o Dia da Amazônia, comemorado todo 5 de setembro desde 2007.
O intuito é atrair os olhares não só para a floresta, mas para os amazônidas, vozes que se fazem cada vez mais necessárias e, felizmente, presentes no debate ambiental.
A seguir, desmistificamos de uma vez por todas cinco mitos que ainda existem sobre o assunto:
1. A Amazônia não é composta apenas de indígenas
De acordo com levantamento do Instituto Sociedade, População e Natureza, há cerca de 180 povos indígenas vivendo na região amazônica do Brasil – pelo menos, aqueles que são catalogados e não têm suas existências apagadas.
Embora sejam parte importante do cenário, a região é casa de ribeirinhos, quilombolas, pequenos extrativistas, e moradores de grandes centros urbanos, como Manaus.
Ou seja, a Amazônia é plural e diversa!
2. A Amazônia não é uma coisa só
Muita gente olha a Amazônia de cima, com a ótica do estrangeiro, como se ela fosse uma imensidão verde, cheia de mato e bichos, esquecendo-se muitas vezes das pessoas que nela moram e das cidades que nela existem.
Essa perspectiva faz parecer que a região amazônica é uma enorme coisa só, o que é totalmente errado.
A Amazônia Legal, por exemplo, engloba 9 estados. São 772 municípios e mais de 23 milhões de pessoas, com diferentes culturas, etnias, identidades e vivências!
3. Amazônida não é garimpeiro
Indígenas e ribeirinhos não são responsáveis pelo garimpo ilegal que ocorre em áreas protegidas da região. Na realidade, eles são escravizados pelo garimpo.
4. A Amazônia não é o pulmão do mundo
Você já deve ter escutado isso por aí, né? É interessante saber que os oceanos são o pulmão do mundo, mais precisamente as algas marinhas.
Entretanto, a maior floresta tropical do planeta é uma grande reguladora do clima. Sua destruição contribui para o aquecimento global, que tem tornado a Terra cada dia que passa um pouco menos habitável.
5. Desmatamento não é a raiz do problema na Amazônia
Nem a mineração, muito menos o agronegócio! Na verdade, podemos dizer que tudo isso é mais consequência que causa do real “X” da questão: a terra.
É evidente que tanto o desmatamento quanto o garimpo ilegal precisam ser combatidos e que a pecuária na região deve ser melhor fiscalizada, mas é a disputa territorial o principal agente de todos esses tipos de destruição, que acaba inclusive incentivando a especulação imobiliária na região e a ganância do homem.
Last modified: 3 de março de 2023