Contagem regressiva! A estreia da seleção brasileira na Copa do Catar 2022 contra a Sérvia acontece daqui a pouco, às 16h (horário de Brasília) desta quinta-feira (24), no Lusail Stadium.
Apontado como um dos favoritos a levar a taça, o time do Brasil inicia hoje sua campanha em busca do hexa. A vitória poria fim a um jejum de 20 anos, período em que a seleção enfrentou sua maior derrota em Copas, o 7 a 1 para a Alemanha.
Tudo bem, as últimas edições do Mundial deixaram mesmo uma pontinha de tristeza, e talvez a gente esteja precisando de uma força extra pra ficar naquela animação de sempre.
O NewsPlus reuniu neste post sete momentos em que o Brasil foi feliz com a seleção canarinho. Enquanto você tira a poeira da amarelinha e se arruma pro jogo, relembre alguns episódios marcantes da maior vencedora da história da Copa do Mundo.
Copa 2002: uma seleção fenomenal
Não dá pra começar sem falar da Copa de 2002, a última grande alegria que a seleção deu ao país. Sob o comando de Luiz Felipe Scolari, o Brasil assinalou no Mundial do Japão e da Coreia do Sul uma das melhores campanhas já realizadas por uma seleção em uma edição do torneio, com 100% de aproveitamento.
À época, a convocação de Ronaldo Fenômeno gerou desconfiança. Então com 26 anos, o atacante se recuperava de uma grave lesão no joelho. Ronaldo respondeu em campo: com nove gols, tornou-se o maior artilheiro daquela edição do Mundial, com uma performance memorável.
Na final da Copa, contra a Alemanha, o Fenômeno marcou dois. O mais belo foi o segundo, aos 33 minutos do primeiro tempo, quando, após um corta-luz de Rivaldo, Ronaldo guardou a bola no cantinho do goleiro Oliver Khan, sacramentando o pentacampeonato brasileiro.
Golaço de falta de Ronaldinho
Outro destaque da seleção de 2002 foi Ronaldinho Gaúcho, que marcou um gol inesquecível nas quartas de final contra a Inglaterra. Numa partida tensa, que começou com um gol do timaço inglês, o atacante surpreendeu todo mundo — sobretudo o goleiro Seaman — ao bater uma falta em posição despretensiosa. Ao invés de fazer um cruzamento, chutou direto para o gol, virando o jogo para o Brasil.
Final de 1970
Também não dá pra falar de Copa do Mundo sem falar da seleção de 1970. Dirigida por Zagallo e estrelada por gênios absolutos como Pelé, Tostão, Rivellino e Gerson, a seleção que disputou o Mundial do México é até hoje considerada a melhor de todos os tempos.
Na partida final contra a Itália, que terminou em 4 a 1, o lateral Carlos Alberto Torres marcou o último gol do Brasil com um chutaço de primeira após assistência de Pelé. O gol de Carlos Alberto ainda é lembrado como um dos mais marcantes da história da seleção.
Gol de Pelé em 1958
Por falar em Pelé, outra campanha que marcou gerações de torcedores foi a de 1958, coroada por um gol histórico do Rei do Futebol na partida final contra a Suécia, anfitriã da edição. Já na área, Pelé deu um chapéu num zagueiro da equipe adversária e finalizou com um chute indefensável no canto. O gol foi eleito o mais bonito da seleção brasileira de todos os tempos em enquete realizada pelo Globo Esporte em 2020.
Pelé tinha então apenas 17 anos, sendo até hoje o mais jovem jogador a ganhar uma Copa do Mundo.
Copa de 1994
O Mundial de 1994, nos Estados Unidos, também rendeu aos brasileiros imagens inesquecíveis da seleção em campo. A começar pela final, decidida nos pênaltis — a única final sem gols da história das Copas.
Um dos destaques da partida decisiva foi a atuação do goleiro Taffarel, que rebateu a cobrança do atacante italiano Daniele Massaro. Mas o momento mais marcante daquela final foi, de longe (e longe mesmo), a cobrança derradeira da Itália, realizada pelo atacante Roberto Baggio.
Então considerado o melhor jogador do mundo, Baggio isolou a bola — para a euforia do narrador Galvão Bueno, cujo grito de “É tetra” (ao lado de Pelé) ficou para sempre gravado na memória dos torcedores e hoje faz parte do cânone de grandes memes brasileiros.
Gol de Bebeto em 1994
Ainda no Mundial de 1994, o atacante Bebeto protagonizou aquele que talvez seja o momento mais fofo da história da seleção. Após marcar o gol da vitória da seleção contra a Holanda nas quartas de final, o jogador correu para torcida e fez um gesto de embalar bebê, em homenagem a seu filho, Matheus, que estava para nascer. Romário e Mazinho se juntaram a Bebeto na dancinha, lembrada (e reencenada por outros jogadores papais) por anos.
A seleção de 1962 e o protagonismo de Garrincha
Em 1962, a seleção brasileira tornou-se a primeira a vencer duas edições da Copa do Mundo consecutivas. O feito contrariou os mais pessimistas, que previram o fracasso do Brasil após uma contusão e o consequente afastamento do Rei Pelé ainda na primeira fase. A conquista brasileira naquele ano teve, contudo, a assinatura de outro gênio: o lateral Mané Garrincha.
O “Anjo das Pernas Tortas” marcou duas vezes na semifinal contra o Chile, quando quase foi suspenso do torneio por agredir um jogador da equipe adversária. Julgado às pressas, o processo sobre o caso misteriosamente favoreceu o Brasil — há quem diga que a CBF, então CBD (Confederação Brasileira de Desportos), chegou a mexer seus pauzinhos junto à Fifa —, de modo que Garrincha pôde disputar a final contra a Tchecoslováquia, que terminou em 3 a 1.
Last modified: 3 de março de 2023