O número de casos de Covid-19 voltou a crescer no Brasil, especialmente na região Sudeste, como em São Paulo e no Rio de Janeiro. Apesar do aumento não ser extremamente preocupante em um primeiro momento, o governo está monitorando de perto a alta de casos da doença e avalia retomar algumas restrições anteriormente flexibilizadas, como o uso de máscaras de proteção nos transportes públicos.
O cenário se deve a diversos fatores, como uma baixa vacinal, especialmente das doses de reforço. Contudo, uma nova variante na área também tem sua parcela de culpa – mesmo que pequena.
A variante BQ.1 é uma sublinhagem da BA.5 da Ômicron e já foi detectada em 65 países. No Brasil, cinco estados já registraram casos dela: São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Amazonas.
Variações de um vírus podem ser mais resistentes à imunização. A BQ.1, que apresenta mutações adicionais na proteína Spike, faz com que o coronavírus apresente maior resistência e, consequentemente, o paciente tenha sintomas mais fortes, mesmo corretamente imunizado, e transmita por mais tempo o SARS-CoV-2.
Apesar de, por ora, o cenário não ser de emergência e a nova variante não ser exclusivamente a culpada, especialistas estão preocupados com as semanas até o final do ano, por causa das aglomerações que devem acontecer por causa da Copa do Mundo e das festividades.
“A proporção de indivíduos suscetíveis na população influencia diretamente na transmissibilidade das novas subvariantes. Essa proporção pode variar pois a imunidade dos indivíduos, seja a induzida por infecção prévia, seja a resposta induzida por vacinas, decresce em poucos meses”, alerta Andre Lazzeri Cortez, médico infectologista e professor da Unoeste Guarujá, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Por isso, a recomendação é que você continue seguindo o calendário vacinal, tomando todas as doses de reforço, e utilize máscara de proteção em locais fechados, como transportes públicos, escritórios e shows, mesmo que a obrigatoriedade não tenha sido restabelecida por lei. Afinal, o que deve acontecer, como aconteceu no ano passado, é um aumento sazonal de casos de Covid-19. Então, nesses próximos meses, todo cuidadinho extra é pouco!
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Last modified: 3 de março de 2023
