Depois de tentar instaurar um "governo de exceção" nesta quarta-feira (7), Pedro Castillo, até então presidente do Peru, foi destituído do cargo. A tentativa de dissolução do Congresso e, consequentemente, de golpe de Estado, deu-se após parlamentares discutirem um pedido similar ao do impeachment.
No poder desde 2021, o político inicialmente pertencia ao partido Perú Libre, considerado de extrema esquerda. Contudo, ele deixou a sigla em junho deste ano e criou um partido próprio, que visava interesses neoliberais de direita.
Castillo já havia tido seu nome envolvido em escândalos de corrupção, trocado diversas vezes de ministros e enfrentado pressão popular. Inclusive, o parlamento já havia tentado destituí-lo do cargo outras vezes, mas só nesta teve a maioria de votos necessária. Além disso, o peruano também foi detido após tentativa de golpe, que visava:
- a dissolução temporária do Congresso;
- a convocação para eleições de um Congresso Constituinte;
- toque de recolher a partir de 7 de dezembro, das 22h às 4h;
- a reorganização do Judiciário e de órgãos judiciais.
Quem tomou posse do cargo foi a vice Dina Boluarte, que se tornou a primeira mulher a assumir a presidência do Peru. Em seu primeiro discurso oficial, ela afirmou que procurará estabelecer o diálogo entre diferentes forças políticas.
Na noite desta quarta-feira, Castillo foi levado para uma base policial em Lima, capital do país. Para saber mais sobre a crise política no país sul-americano, acesse este link.
Last modified: 3 de março de 2023