Nesta quarta-feira (1º), os senadores eleitos em 2022 tomam posse no Congresso Nacional. Em seguida, elegem o presidente da Casa, bem como os outros membros da Mesa Diretora. A votação é secreta e de maioria absoluta: vence o pleito quem obtiver 41 dos 81 votos.
- Se ninguém obtiver maioria no primeiro turno, haverá uma segunda rodada de votação com os dois mais bem votados.
- A sessão para eleger o novo presidente do Senado começa quando o plenário tiver um quórum mínimo de 41 senadores.
A escolha dos demais membros da Mesa Diretora (dois vice-presidentes, quatro suplentes e quatro secretários) também pode acontecer nesta quarta, se assim a Casa decidir. Para que isso ocorra, é necessária a anuência de 27 senadores, o equivalente a um terço dos parlamentares. Se não houver quórum, a eleição será adiada para quinta-feira.
Disputa acirrada
A disputa pelo cargo movimentou os corredores do Congresso Nacional nesta terça (31). O pleito está entre Rodrigo Pacheco (PSD-MG), candidato da base do governo Lula, e Rogério Marinho (PL-RN), apoiado por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além deles, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), também se candidatou de maneira independente.
Até agora, Pacheco conta com maior número de votos previstos. O candidato à reeleição tem o apoio declarado do PT, MDB, PSD, PDT, PSB, Cidadania e Rede, totalizando 40 votos. Às vésperas da votação, contudo, Marinho vem convertendo novos eleitores. O senador potiguar conta com 23 votos presumidos da base composta por PL, PP e Republicanos.
Na avaliação de políticos, a votação desta quarta não determinará apenas o nome do senador responsável por pautar discussões que afetam direta ou indiretamente o sucesso das propostas do governo. Ela medirá também a força da base bolsonarista para questionar instituições, como o Supremo Tribunal Federal.
Segundo a coluna da Malu Gaspar, do Jornal O Globo, alguns integrantes do STF estão especialmente ansiosos para o pleito desta quarta. Caso Marinho angarie mais de 27 votos, número mínimo de assinaturas para a abertura de uma CPI, os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro terão se mostrado numerosos o bastante para lançar ofensivas contra a Corte, pondo sob investigação supostos abusos de autoridade de ministros do STF, por exemplo.
Hoje, o inimigo número um dos bolsonaristas é o atual presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos que incomodam a família Bolsonaro: o das fake news, o das milícias digitais e o dos atos antidemocráticos do último dia 8 de janeiro.
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Last modified: 3 de março de 2023