Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz identificou o maior surto de Candida auris da história do Brasil. Desde que foi identificado pela primeira vez no país, em 2020, o “superfungo” já causou 50 casos em Recife, em Pernambuco, foco das infecções.
Ele afeta principalmente pessoas imunodeprimidas ou com comorbidades e causa infecções bastante invasivas, como no tímpano e na corrente sanguínea. O primeiro caso da doença foi descrito no Japão em 2009.
Considerado um fungo emergente e uma séria ameaça à saúde pública, o Candida auris é extremamente resistente a antibióticos, o que dificulta o tratamento e eleva as taxas de mortalidade.
Além disso, ao contrário da maioria dos fungos ambientais, o C. auris apresenta tolerância a temperatura entre 37°C a 42°C e tem capacidade de sobreviver a condições ambientais adversas por longos períodos, adaptando-se fora do hospedeiro humano.
Tais características aumentam o risco de surtos hospitalares, uma vez que a colonização e as infecções podem ter origem em fontes ambientais, como dispositivos médicos contaminados e mãos de profissionais de saúde.
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Last modified: 3 de março de 2023
