Nesta quinta-feira (02), o ministro da Fazenda Fernando Haddad confirmou que vai mexer no Preço de Paridade de Importação (PPI) da Petrobras. A pauta faz parte da pasta do Ministério de Minas e Energia (MME) e visa a proteger a população das eventuais variações do preço internacional do petróleo, que interfem no valor da gasolina.
“Nós somos importadores de derivados e tudo isso tem que ser visto com muita cautela”, explicou o político.
Jean Paul Prates, atual presidente da Petrobras, disse que “o PPI é uma abstração”, uma vez que varia de acordo com a cotação do petróleo no mercado externo, e que políticas transversais podem ser adotadas para suavizar as nuances de preço.
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PPI: que política de preços é essa?
Antigamente, o petróleo de origem nacional era mais barato que aquele importado, o que aliviava um pouco o valor da gasolina. Entretanto, em 2016, durante o governo de Michel Temer, a política do Preço de Paridade de Importação foi implementada.
Ela tem como objetivo equiparar os valores dos barris, tendo como base o preço internacional da commodity e seus custos de importação. Em outras palavras, desde então, a negociação nas refinarias de todo e qualquer petróleo no país leva em conta o valor internacional do produto (em dólar) – mesmo aquele de origem nacional.
A consequência? Um encarecimento dos combustíveis nos postos.
Então por que a política foi aprovada? Porque ela é lucrativa para a Petrobras, que fatura mais vendendo o produto a preços mais altos.
Last modified: 14 de março de 2023
