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Written by 14:48 Política

Cinco anos sem Marielle: como anda a investigação do crime

No dia 14 de março de 2018, a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados no Centro do Rio de Janeiro, no bairro do Estácio. A parlamentar do PSOL tinha acabado de deixar um evento de trabalho quando foi executada a tiros. Cinco anos se passaram e os mandantes não foram identificados, nem a motivação do crime.

A morte da vereadora é carregada de significados políticos e sociais. Marielle era uma mulher preta, bissexual, cria da Maré e defensora dos movimentos feminista e negro. 

A quantas andam as investigações?

Até o momento, dois ex-policiais militares foram presos: Élcio Queiroz, acusado de dirigir o carro que perseguiu o de Marielle e Anderson, e Ronnie Lessa, acusado de realizar os disparos. 

Ambos aguardam julgamento popular. A demora para o julgamento se deve aos sucessivos recursos impetrados pela defesa dos réus.

Ao que tudo indica, os mandantes têm relação com organizações criminosas do Rio. A hipótese está sendo investigada pela polícia, que apura suspeitas de lavagem de dinheiro e destruição de provas por parte dos grupos criminosos.

Duas operações já foram iniciadas nesse meio-tempo: a Intocáveis, que mirou a milícia que dominava o bairro de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, então comandada pelo ex-PM Adriano da Nóbrega, morto em 2019 e com suspeita de participação na morte de Marielle; e a Calígula, que teve como alvo uma rede de jogos de azar explorada pelo bicheiro Rogério Andrade e por Ronnie Lessa.

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No último dia 7, o Gaeco (Grupo de Atuação Especializado no Combate ao Crime Organizado) iniciou uma força-tarefa para apurar as evidências do caso Marielle. A Polícia Federal também passou a participar das investigações, a mando do ministro da Justiça Flávio Dino (PSB). 

Vale a leitura

Desde o assassinato de Marielle e Anderson, reportagens e investigações jornalísticas sobre o caso se multiplicaram. Duas delas viraram livros. Um deles, escrito pelos jornalistas Chico Otavio e Vera Araújo, se chama Mataram Marielle (Editora Intrínseca) e mostra como o assassinato da vereadora escancarou o submundo do crime carioca.

Quem também lançou uma obra a respeito do duplo homicídio foi o primeiro delegado da investigação, Ginilton Lages. “Enquanto não for resolvido, o caso continuará sendo uma ferida aberta na história do Brasil”, disse Ramos, autor de Quem Matou Marielle?, em entrevista à Veja.

Festival por justiça

Nesta terça-feira (14), na Praça Mauá, no Rio de Janeiro, acontece o Festival Justiça por Marielle e Anderson, organizado pelo Instituto Marielle Franco. 

Nomes importantes do cenário musical brasileiro vão se apresentar a partir das 18h, como Djonga, Luedji Luna, Marcelo D2 e Criolo.

Last modified: 30 de março de 2023
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