O União Brasil, que tem três ministérios, garantiu nesta quarta-feira (1ª) assinaturas suficientes para pedir a abertura de uma CPI do Golpe, para investigar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
A proposta é de autoria do deputado André Fernandes (PL-CE), que reuniu 189 assinaturas na Câmera e 33 no Senadro. O mínimo exigido é de 171 e 27, respectivamente.
Chama atenção o fato de um líder do Partido Liberal, o mesmo de Jair Bolsonaro, ter corrido atrás de uma CPI que é criticada justamente por Lula, uma vez que pode atrapalhar o começo da gestão do presidente.
O partido União Brasil declarou posição de “independência” ao governo atual.
Para analistas, a insistência de bolsonaristas na abertura da CPI tem o objetivo de pressionar por investigações sobre a atuação do governo durante os ataques do dia 8 de janeiro em Brasília e desestabilizar Lula.
Este também seria o propósito do senador Marcos do Val (Podemos) ao denunciar, no mês passado, o golpe de Estado tramado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao oferecer versões diferentes e contraditórias de um mesmo episódio, Do Val criou um novo elemento para forçar a abertura da CPI – como o próprio senador admitiu em entrevistas.
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Anderson Torres segue preso
O ministro do STF Alexandre de Moraes decretou a soltura de uma série de presos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. A prisão preventiva de Anderson Torres, contudo, foi mantida.
A defesa do político havia solicitado a revogação, mas Moraes entendeu que sua soltura poderia atrapalhar o andamento das investigações, que correm em segredo de Justiça.
A prisão do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança pública do Distrito Federal foi decretada após o STF entender que houve “indícios de omissão” da parte de Torres, que podem ter corroborados com os atos golpistas.