Nos próximos dias, uma portaria deve ser publicada no Diário da União suspendendo temporariamente a implementação total do novo ensino médio e as alterações no Enem previstas para 2024.
O governo está realizando uma série de reuniões para entender se as mudanças estão sendo positivas ou se podem agravar a desigualdade educacional brasileira. O prazo para um novo parecer é de até 120 dias.
Ministro da Educação, Camilo Santana já disse ser contra a revogação do novo ensino médio. Ele defende a manutenção do programa em novos moldes.
O governo também entende que mudanças no Enem em pleno processo de adaptação ao novo ensino médio podem ser prejudiciais aos candidatos.
➡️ O intuito do novo ensino médio é deixar a grade curricular mais flexível e dinâmica, e também mais voltada para o mercado de trabalho.
A carga horária aumentou de 2.400 para 3.000 horas, e as horas letivas foram divididas em dois blocos: 60% delas devem ser preenchidas por disciplinas obrigatórias (como Português, Matemática, Biologia, História etc.) e as outras 40% são destinadas aos itinerários formativos. Ou seja, disciplinas que permitam ao aluno se especializar na área que deseja cursar no ensino superior, como robótica, design, geometria etc.
A principal reclamação de estudantes e docentes é que há uma disparidade muito grande de infraestrutura entre escolas particulares e públicas que se torna ainda maior com a nova proposta.
Professores ainda garantem que tiveram um aumento da carga horária que não foi acompanhado por um aumento de salário.
Last modified: 3 de abril de 2023