No dia 5 de março, as brasileiras Kátyna Baía, de 44 anos, e Jeanne Paolini, de 40, foram presas ao desembarcarem na Alemanha por tráfico internacional de drogas. A apreensão ocorreu no aeroporto de Frankfurt, onde as duas faziam escala para prosseguirem para Berlim.
O casal, que estava de férias, foi pego de surpresa. “Algemaram os braços e pernas das duas e elas não entenderam nada que estava acontecendo, porque os policiais estavam falando em alemão”, disse a advogada Luna Provazio.
Acontece que as brasileiras foram vítimas de um golpe no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Segundo a Polícia Federal, Kátyna e Jeanne tiveram as bagagens trocadas por uma quadrilha. Seis pessoas envolvidas no esquema já foram presas. Duas delas trabalham na empresa Orbital, que presta serviços aeroportuários.
A PF disse que as etiquetas das malas foram trocadas em um ponto-cego da área de segurança do aeroporto. A informação foi confirmada por uma funcionária da Gol, que confessou participar da quadrilha. Foi ela quem fez o despacho das malas para a área restrita. Em sua casa, foram encontrados R$ 43 mil em dinheiro.
Um inquérito foi enviado para a Justiça alemã na última quinta-feira (6), mas as brasileiras seguem presas. “O que as deixa indignadas é saber que a polícia alemã tem os indícios [da inocência] e elas permanecerem presas até hoje”, disse a advogada do casal ao Fantástico, da TV Globo.
A defesa de Kátyna e Jeanne torce para que um promotor libere um ofício autorizando a liberação das clientes. Caso isso não ocorra, uma nova audiência de custódia deve ser realizada em até 15 dias.
A GRU Airport, concessionária que administra o aeroporto de Guarulhos, disse que o manuseio das bagagens é responsabilidade das empresas aéreas. A Gol garantiu que está à disposição para qualquer esclarecimento, assim como a Latam, companhia responsável pelo voo das turistas.
Tags:Polícia Federal, Viagem Last modified: 11 de abril de 2023