Após pressão de estudantes e docentes, o MEC suspendeu por 60 dias o cronograma de implementação do novo ensino médio. Boa parte da população, contudo, deseja que ele seja revogado. A justificativa é que ele deve aumentar a desigualdade educacional brasileira, uma vez que as escolas públicas não estão preparadas para receber esse novo modelo, bastante inspirado no sistema de ensino dos EUA.
Lula (PT), contudo, disse que o governo federal descarta uma revogação: “Não vamos revogar. Suspendemos e vamos discutir com todas as entidades interessadas em discutir como aperfeiçoar o ensino médio nesse país”.
O presidente deu a declaração durante um café da manhã com jornalistas realizado nesta quinta-feira (6). Ele informou que reuniões serão feitas para elaborar planos de ajustes. “Nós vamos suspender por um período, até fazer um acordo que deixe todas as pessoas satisfeitas com o ensino médio nesse país”, explicou.
Com as declarações, Lula pretende amenizar as movimentações contrárias do sistema, mas parece que as pessoas – especialmente os estudantes – que não concordam com o novo ensino médio não vão se calar tão fácil.
O que muda para os estudantes?
Nada. As escolas que já adotaram o modelo continuam com a grade estipulada. Aquelas que ainda não haviam adotado, seguem temporariamente com a implementação suspensa. Isso porque o prazo final de execução do novo sistema dado para os colégios era 2024.
O MEC também suspendeu as mudanças no Enem, que estavam previstas para 2024. Os candidatos deste ano seguem a programação normal:
- primeiro domingo dedicado aos cadernos de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias, e redação;
- segundo domingo destinado à Matemática e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
O Enem 2023 ocorre nos dias 5 e 12 de novembro.
Tags:Enem, Lula, Novo Ensino Médio Last modified: 6 de abril de 2023