Neste final de semana, viralizou nas redes sociais o vídeo da pesquisadora Samantha Vitena, uma mulher negra que alega ter sofrido racismo estrutural da equipe de voo de um avião da Gol. O caso ocorreu na noite de sexta-feira (28), no Aeroporto de Salvador.
Nas imagens, é possível ver Samantha tendo dificuldades para acomodar sua mala de bordo no compartimento de bagagens da aeronave. Segundo relato, os comissários se recusaram a ajudar. A pesquisadora então recebeu apoio de um senhor e conseguiu acomodar a mala.
Na sequência, é possível ver três agentes de segurança entrando no avião e retirando a pesquisadora da aeronave, “a pedido do comandante”. Fernando Santos, advogado de defesa da vítima, disse ao Estadão que sua cliente precisou assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência, alegando ter resistido a uma ordem policial para deixar o transporte aéreo.
A pesquisadora alega ter sido vítima de racismo e que se negou a despachar a mala porque tinha um notebook nela e temia que o equipamento não sobrevivesse ao despacho. Ela garante que o tratamento foi desproporcional e motivado por sua cor de pele.
A Gol diz que o despacho voluntário de bagagens é de praxe em voos com superlotação e que a “cliente não aceitou a colocação da sua bagagem nos locais corretos e seguros destinados às malas e, por medida de segurança operacional, não pôde seguir no voo”.
O caso será investigado pela Superintendência Regional da Polícia Federal na Bahia. A companhia aérea informou em nota que “está empenhada em colaborar para a apuração dos fatos com a Polícia Federal, assim que for notificada”.
Tags:Polícia Federal, Racismo, Violência Last modified: 30 de abril de 2023