No mês passado, sob a gestão de Lula (PT), a Polícia Federal realizou uma operação para investigar a suposta ligação entre membros do PCC e a defesa de Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada em Jair Bolsonaro (PL). O caso ocorreu em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 2018.
A operação, que foi divulgada pela Folha nesta quarta-feira (19), corria em segredo para que fatores externos não atrapalhassem, segundo as autoridades.
A polícia quer entender se integrantes da facção custearam a defesa de Adélio. As suspeitas surgiram após a identificação de pagamentos feitos em 2020 por possíveis membros do PCC para a empresa de Fernando Magalhães, um dos advogados do autor da facada.
Foram realizadas remunerações fraccionadas no valor de R$ 315 mil, que, segundo o advogado Zanone Oliveira Júnior, que liderava a banca de defesa de Adélio, era o preço do serviço caso o processo chegasse ao STF.
“É razoável inferir que o pagamento fracionado tenha constituído auxílio prestado pela referida facção para o custeio dos honorários dos advogados do autor do atentado“, disse o juiz Bruno Savino.
Além disso, um dos grupos de Zanone no WeChat tem o nome de “Adélio PCC” e, no livro-caixa do advogado, foi encontrado ao lado de um desses pagamentos a rubrica “caso Adélio”.
Tags:Jair Bolsonaro, Lula, PCC, Polícia Federal Last modified: 19 de abril de 2023