Neste domingo (23), nove servidores do Gabinete de Segurança Institucional foram ouvidos pela Polícia Federal com relação às imagens divulgadas pela CNN, que mostram agentes de segurança circulando pacificamente entre os invasores durante os ataques de 8/1.
As gravações foram publicadas com exclusividade pela emissora, na última quarta (19), e desencadearam uma série de ações. Entre elas, a demissão do general Gonçalves Dias, poucas horas após a divulgação das filmagens.
Inclusive, embora o GSI tenha criticado a CNN pela atitude, dizendo que as imagens eram sigilosas e parte de uma investigação policial, o próprio Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, determinou a quebra de sigilo de todas as gravações do circuito interno do Planalto em 8/1. A determinação ocorreu na última sexta-feira (1).
Moraes deu 78h para o Gabinete entregar todas as gravações das câmeras de segurança, para que as análises das imagens “auxiliem na identificação dos responsáveis” e que suas “condutas individuais” sejam eventualmente julgadas.
Ricardo Cappelli, que assumiu o cargo de Gonçalves Dias, disse que pretende dar fim à toda essa história até o final desta semana, auxiliando o STF e a PF nas investigações.
A indignação de Lula
Após determinação de quebra de sigilo de Moraes, novas imagens vieram à tona. Uma sequência de gravações mostra a indignação de Lula (PT) ao chegar no Palácio do Planalto, em Brasília, após os ataques.
O presidente chegou à sede do Executivo por volta das 21h24 e foi direto para o 3º andar, que não havia sido invadido pelos golpistas. Após se reunir com ministros e autoridades, Lula começa a circular pelo local. Por volta das 22h22, ele deixa o Palácio.
Em uma cena, Flávio Dino, ministro da Justiça, conversa de modo exaltado com José Múcio, ministro da Defesa. Em outro take, Lula aponta bastante irritado para um extintor de incêndio que havia sido depredado por invasores.
Tags:Alexandre de Moraes, Democracia, Lula, STF, Violência Last modified: 24 de abril de 2023
