Em depoimento à Polícia Federal, uma funcionária que atuava no Gabinete Adjunto de Documentação Histórica durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL) disse que Michelle recebeu em mãos um dos presentes enviados pelo governo da Arábia Saudita, avaliado em R$ 2,5 milhões.
Quando o escândalo das joias veio à tona, a ex-primeira-dama usou as redes sociais para dizer que desconhecia esses pacotes que entraram de maneira ilegal no Brasil, uma vez que não foram declarados na Receita Federal.
Segundo depoimento, divulgado nesta terça-feira (25) pelo jornal Estadão, o presente foi entregue à esposa de Bolsonaro no dia 29 de novembro de 2022. A informação foi confirmada pelo pastor Francisco de Assis Castelo Branco, administrador do palácio presidencial e braço-direito de Michelle.
Dentro do pacote tinha um anel, uma caneta, um relógio, um par de abotoaduras e um rosário árabe. Em coletiva, Michelle disse reconhecer esse envio ao Palácio, mas que nunca recebeu nada em mãos: “Foi tudo feito pelo trâmite administrativo”.
A ex-primeira-dama ainda falou que “essas joias que chegaram no Alvorada foram as joias masculinas” e que estão associando o nome dela ao primeiro pacote, que ela reforçou desconhecer. “Não sei mesmo. Tanto que essas joias [do primeiro pacote] continuam apreendidas e essa do Alvorada [segundo pacote] está na Caixa Econômica Federal. O que eu tenho a ver com isso?”, questionou.
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