O advogado e ex-major do Exército Ailton Barros, um dos detidos na Operação Venire, arquitetou o plano de um golpe de estado que seria aplicado em dezembro de 2022, após a eleição de Lula (PT) e pouco tempo antes dos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro. As informações são da CNN.
Ailton propõe o “conceito da operação” para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). A Polícia Federal não teve acesso às respostas do tenente-coronel, também preso na última quarta-feira (3).
O plano era que, entre 15 e 16 de dezembro, Freire Gomes, até então comandante do Exército, fizesse um pronunciamento “para defesa do povo brasileiro”. Nas mensagens, Ailton diz que, se ele não fizesse, quem teria que se manifestar seria Bolsonaro, “para levantar a moral da tropa”.
O ex-major do Exército ainda diz que, se fosse preciso, os envolvidos no caso poderiam atuar “fora das quatro linhas” e que era preciso “botar as Forças Armadas para agir” e prender Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal.
O áudio será investigado pela PF e deve complicar ainda mais a vida de Ailton Barros, envolvido no esquema de adulteração de dados vacinais.
Tags:Jair Bolsonaro, Lula Last modified: 5 de maio de 2023
