O renomado pesquisador Geoffrey Hinton, de 75 anos, se juntou ao grupo de cientistas contrários ao uso pouco crítico da Inteligência Artificial.
Hinton, que trabalhou no Google por dez anos, deixou seu cargo na última semana. Ele é pioneiro em IA, tendo desenvolvido em 2012, ao lado de dois alunos da Universidade de Toronto, no Canadá, uma tecnologia que se tornou a base para sistemas hoje bastante conhecidos, como o ChatGPT, que tem gerado muita polêmica.
O britânico, popularmente conhecido como “o padrinho da IA”, teme que a Inteligência Artificial seja usada de maneira irresponsável. “É difícil ver como se pode impedir que maus atores a usem para coisas ruins”, lamentou o pesquisador em evento na última segunda-feira (1º), no Canadá. Para Hinton, esse mau uso representa “riscos profundos para a sociedade e a humanidade”.
O pesquisador ainda revelou que, vez ou outra, se arrepende do trabalho desenvolvido, mas “que se consola com a desculpa normal: se eu não tivesse feito isso, outra pessoa teria”.
Até o momento, ao menos 19 representantes da Associação para o Avanço da Inteligência Artificial emitiram alertas sobre os riscos da IA para o mundo. A maioria das big techs, como o Google, diz que segue comprometida “com uma abordagem responsável da tecnolgia” – mas sem dar muitos detalhes.
Tags:Google, Inteligência Artificial Last modified: 2 de maio de 2023
