Alexandre de Moraes determinou a queba de sigilos bancário, fiscal e telemático de Luis Marcos dos Reis, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). A decisão ocorreu após a Polícia Federal encontrar mensagens suspeitas trocadas por Luis Marcos e Mauro Cid, braço direito de Bolsonaro. Ambos estão presos por envolvimento no esquema de falsificação de certificados de vacinação.
A PF localizou possíveis transações financeiras suspeitas realizadas entre o ex-ajudante de ordens e uma empresa chamada Cedro Líbano Comércio de Madeira e Materiais de Construção.
Além disso, entre 2020 e 2022, a Cedro Líbano recebeu recursos federais por meio de contratos com três instituições: a Universidade Federal do Espírito Santo, o Instituto Federal de Tocantins e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba.
Transações no valor de R$ 101 milhões também foram identificadas na conta do ex-ajudante, que recebeu o crédito do pai de uma das sócias da empresa. Parte do valor foi repassado para uma tia de Michelle Bolsonaro e uma servidora que emitiu o cartão de crédito da ex-primeira-dama da República, o que configura desvio de dinheiro.
“Tais transações se tornam ainda mais incompreensíveis se considerarmos o fato de Luís Marcos Dos Reis ser servidor público, sargento do Exército Brasileiro, lotado até julho de 2022 na Ajudância de Ordens da Presidência da República”, explica a PF.
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