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Written by 17:10 Tecnologia

Professor ‘alarmista’ acerta profecia sombria sobre Inteligência Artificial

Professor considerado alarmista acerta profecia sombria sobre Inteligência Artificial (Foto: Reprodução/YouTube)

Há seis meses, Gary Marcus, professor emérito da Universidade de Nova York, escreveu um texto sobre os perigos da Inteligência Artificial que gerou polêmica. “Acho que as pessoas pensaram que eu era louco ou alarmista”, afirmou Marcus, em entrevista à BBC News Brasil. O tempo, contudo, provou o contrário.

No artigo, Marcus escreveu que os humanos estavam prestes a ver um chatbot magoar alguém tão profundamente que essa pessoa morreria por suicídio. “Em 2023, nós talvez vejamos nossa primeira morte por um chatbot”, profetizou.

A profecia se mostrou verdadeira. Em março, na Bélgica, um homem morreu por suicídio após uma conversa com o chatbot Eliza, da empresa Chai, com quem falava frequentemente. Gary Marcus, então, passou a ser visto como uma espécie de profeta da IA.

Para o professor, os bots são mais perigosos que inteligentes. “Acho que esses sistemas podem ser muito destrutivos. E parte do motivo do potencial de destruição é que eles não são confiáveis”, opinou à BBC.

Marcus entende que, mesmo que cálculos matemáticos estejam por trás dos sistemas, nem sempre eles estão corretos: “Falta de controle e de confiabilidade são problemas que enxergo”.

O professor ainda defende que, se a gente não tomar providências rápidas, vamos entrar em breve em um ambiente que ele chama de “pós-verdade”, nada favorável à democracia. “Assim como existe programa de antivírus, precisamos de software antidesinformação”, diz Gary, que faz mais um alerta: “Deixar as coisas nas mãos das empresas não necessariamente leva ao caminho correto”.

Tags: Last modified: 11 de maio de 2023
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