Após 14 anos, o Brasil voltou a participar da cúpula do G7, encontro que reúne as principais economias do mundo, como Estados Unidos, Alemanha e Japão. Lula (PT) participou como convidado e a expectativa era de que o presidente tivesse uma reunião bilateral com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que não acabou rolando.
O próprio Zelensky sugeriu o encontro, mas a equipe de Lula disse que uma “incompatibilidade de agendas” acabou atrapalhando os planos. Foi tentada uma negociação, mas nenhuma data encaixou.
Quando questionado sobre o assunto, o presidente da Ucrânia deu uma resposta irônica, dizendo que Lula deve ter ficado muito decepcionado.
A reunião bilateral aconteceria em um importante momento de tensão entre Brasil e Ucrânia, uma vez que as últimas declarações de Lula sobre a guerra da Rússia – responsabilizando ambos os lados e mantendo-se neutro diante do conflito – não agradaram o governo ucraniano.
Para o governo da Ucrânia, faltou boa vontade
A “incompatibilidade de agendas” foi vista pelo governo ucraniano como uma falta de “boa vontade política”.
Zelensky confirmou que essa foi realmente a causa do cancelamento do encontro bilateral, mas disse que o governo brasileiro demorou para responder à Ucrânia. Para ele, se o contato tivesse sido respondido antes e de modo positivo, a incompatibilidade de horários teria sido resolvida.
Lula, em contrapartida, disse que a reunião só não aconteceu porque o presidente da Ucrânia se atrasou para o compromisso. “O fato é muito simples, tinha uma bilateral com a Ucrânia aqui neste salão. Nós esperamos e recebemos a informação de que eles tinham atrasado. Enquanto isso, eu recebi o presidente do Vietnã. Quando o presidente do Vietnã foi embora, a Ucrânia não apareceu. Certamente teve outro compromisso e não pôde vir aqui. Foi simplesmente isso o que aconteceu”, informou o petista em coletiva.
No Japão, onde aconteceu o G7 este ano, Lula se encontrou com 11 autoridades internacionais, como Joe Biden, presidente dos EUA, e Emmanuel Macron, presidente da França.
Tags:Lula, Ucrânia, Volodymyr Zelensky Last modified: 22 de maio de 2023