Nesta quarta-feira (3), a Rússia disse que a Ucrânia tentou atacar a sede do governo russo com dois drones militares. Segundo Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, o intuito era matar o presidente Vladimir Putin.
O ataque teria ocorrido na noite de terça (2), mas os drones foram interceptados pelas forças de segurança do país a tempo. Um deles explodiu no ar e o outro conseguiu atingir uma das cúpulas do edifício antes de ser destruído, mas sem causar grandes estragos.
O governo emitiu uma nota classificando o episódio como um “ataque terrorista planejado”. A “destruição do regime de Kiev” foi solicitada pelo parlamento.
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, negou a acusação e disse que não houve nenhuma tentativa de ataque à sede do governo russo por parte dos ucranianos. “Nós não atacamos o Putin, ou Moscou. Isso é uma tarefa para os tribunais. Nós lutamos dentro do nosso território”, afirmou.
Para analistas políticos, o suposto ataque de autoria ucraniana coloca Zelensky na mira de Moscou. “A Rússia não faria uma operação de bandeira falsa à toa, até mesmo pela certa quebra de prestígio que significa admitir que a Ucrânia conseguiu chegar perto de Putin”, pontuou Angelo Segrillo, professor de História Contemporânea da USP e especialista em Rússia, ao jornal O Globo.
Uma resposta nuclear, contudo, é descartada pelos especialistas. Pelo menos, por ora.
Tags:Rússia, Ucrânia, Vladimir Putin, Volodymyr Zelensky Last modified: 3 de maio de 2023