Sete suspeitos de terem praticado atos racistas contra o jogador Vini Jr. foram detidos pela polícia espanhola. Três foram torcedores do Valencia identificados por uma câmera de reportagem no último jogo contra o Real Madrid e os outros quatro são suspeitos de terem pendurado um boneco do brasileiro em uma ponte, como se ele tivesse sido enforcado. “Madrid odeia o Real”, estava escrito em cima.
Os três torcedores suspeitos foram liberados na sequência.
No jogo do último domingo (21), o craque foi novamente alvo de racismo por parte da torcida do Valencia, que entoava gritos de “macaco” e “puto negro”. Quando foi reclamar com a arbitragem, Vini Jr. acabou se envolvendo em uma confusão e levou um mata-leão de um jogador adversário – mas apenas ele foi expulso. O jogador branco seguiu em campo.
Por causa disso, o árbitro Ignacio Iglesias Villanueva, que comandou o VAR em Valencia x Real Madrid e sugeriu a expulsão, deve ser demitido pela Federação Espanhola de Futebol, por um ato considerado de cunho racista. As informações são do jornal Diario As.
Além dele, outros cinco profissionais devem ser desligados, após análise das câmeras.
O ministro da Justiça Flávio Dino acompanha o caso à distância e garantiu que, se for preciso, o Brasil vai interferir. “O Código Penal prevê que, em algumas situações excepcionais, é possível que, no caso de crimes contra brasileiros, mesmo no exterior, haja a aplicação da lei brasileira. Esse é um remédio extremo, claro, mas pode funcionar, pode ser necessário”, explicou.
As marcas Puma e Santander, principais patrocinadoras da LaLiga, emitiram notas em apoio a Vini Jr., dizendo que não toleram o racismo nem nenhum tipo de descriminação.
Tags:Campeonato Espanhol, Espanha, Vini Jr Last modified: 23 de maio de 2023
