Velório de Rita Lee em SP reúne famosos e confirma profecia feita pela cantora

Nesta quarta-feira (10), no Planetário do Ibirapuera, em São Paulo, milhares de pessoas se reuniram para velar o corpo de Rita Lee, que faleceu na noite da última segunda (8), em casa, aos 75 anos.

Roberto de Carvalho, companheiro de vida e música da cantora, estava inconsolável. Ele ficou sentadinho ao lado do caixão e recepcionou os amigos e famosos que vieram se despedir, como Xuxa Meneghel, que levou sua cachorrinha – algo que Rita, definitivamente, aprovaria.

João Lee, filho do meio do casal, contou aos jornalistas que estavam no local que ele voltou a morar com os pais após o diagnóstico de câncer de pulmão da mãe, em 2021. Ele disse que os momentos finais de Rita foram felizes. “É triste para quem fica, mas foi muito especial. A gente tem que seguir adiante. Ela vai continuar, mesmo sendo uma estrelinha, fazendo muita gente feliz“, falou.

Quem também falou com os jornalistas foi Virgínia, a irmã de Rita. Ela disse que só consegue sentir solidão e que nem a justificativa de que a cantora estava sofrendo a consola por inteiro: “Mas não consigo sentir alívio ou outra coisas qualquer. A vida sem Rita não é mais a mesma, nunca mais será“.

Pedro Bial também compareceu à cerimônia. “Rita não acabou”, disse o apresentador, que era amigo da artista: “Ela ainda tem muita vida pela frente, não mais de corpo presente, mas o espírito vai. E esse espírito, em uma época de convicções muito extremas, muito assertivo, na doçura, sem tentar vencer ninguém, só de tentar se impor, Rita dominou. Só com aquele jeitinho dela, as colunas da hipocrisia racharam“.

Muitos fãs levaram pequenas homenagens e as depositaram sob o caixão, que estava no centro do Planetário. Camisetas decoradas, cartas, flores e amuletos. No local, nenhuma vela; apenas luzes de Led. Na fila, como Rita profetizou, os fãs entoaram sucessos da cantora, em especial, Ovelha Negra.

Nos televisores do parque, artes em homenagem à Rita Lee Jones, a primeira pessoa a ser velada no Planetário, um lugar mágico para a cantora, que, durante a infância na Vila Mariana, visitava com frequência a “floresta encantada” (o Parque do Ibirapuera).