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Written by 21:31 Saúde

Câncer de pulmão: remédio reduz em 51% risco de morte em pacientes

Estudos recentes apresentados no maior congresso de oncologia global indicaram avanços promissores no tratamento do câncer de pulmão, publicou o jornal O Estado de São Paulo. Um desses estudos, conduzido pelo Yale Cancer Center, revelou que um medicamento reduziu em 51% o risco de morte em pacientes com um subtipo específico de câncer de pulmão de células não pequenas. Esse tipo de câncer representa a maioria dos casos da doença no Brasil, sendo responsável por mais de 28 mil mortes anuais.

As pesquisas foram apresentadas durante a conferência anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), em Chicago. O estudo analisou o uso do medicamento osimertinibe em 682 pacientes de diversos países, que passaram por cirurgia para remoção do tumor. Após cinco anos de acompanhamento, o risco de morte nos pacientes que receberam o medicamento foi 51% menor em comparação ao grupo placebo.

O diretor adjunto do Yale Cancer Center, Roy Herbst, destacou a importância desses resultados, afirmando que o osimertinibe pode se tornar o tratamento padrão para esse tipo específico de câncer de pulmão. Ele ressaltou a necessidade de identificar os pacientes com a mutação EGFR, por meio de biomarcadores disponíveis no momento do diagnóstico.

Outra pesquisa apresentada no evento envolveu o uso do medicamento imunoterápico pembrolizumabe em combinação com quimioterapia, antes da cirurgia para câncer de pulmão de células não pequenas. O estudo demonstrou uma redução de 42% no risco de recorrência e progressão da doença ou morte entre os pacientes tratados.

Esses estudos são relevantes porque são os primeiros a mostrar os benefícios desses medicamentos para pacientes com tumores em estágios iniciais. Os avanços na imunoterapia e terapia-alvo têm sido significativos no tratamento do câncer de pulmão, mas até recentemente se aplicavam apenas a pacientes com doença avançada, com poucas chances de cura. Agora, essas terapias oferecem novas opções para pacientes em estágios iniciais da doença, aumentando as chances de cura.

Last modified: 4 de junho de 2023
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