O dólar fechou em queda nesta segunda-feira, atingindo o menor patamar em mais de um ano em relação ao real. Esse movimento de queda tem sido impulsionado pela expectativa de que o ciclo de altas de juros nos Estados Unidos esteja chegando ao fim, juntamente com melhorias nas perspectivas econômicas locais. Em junho, o dólar acumulou uma queda de 5,87% em relação ao real, e no ano a queda acumulada está em 9,53%. Especialistas acreditam que há espaço para a moeda continuar caindo e recomendam comprar aos poucos para aproveitar a média de cotação.
Diversos fatores têm contribuído para o desempenho positivo do real. Os indicadores mostram uma desaceleração da inflação no país, um crescimento resiliente da economia e medidas econômicas que visam controlar o crescimento da dívida pública. Na semana passada, a agência de classificação de risco S&P revisou sua perspectiva de rating para o Brasil, de estável para positiva. Além disso, a expectativa de corte de juros pelo Banco Central brasileiro e o fim iminente do ciclo de altas nos juros nos Estados Unidos têm fortalecido os ativos locais.
A percepção mais otimista dos investidores em relação à economia brasileira tem levado a revisões positivas nas projeções de crescimento e nas estimativas para o câmbio. O Goldman Sachs, por exemplo, revisou suas estimativas e passou a projetar o dólar em R$ 4,40 no final do ano. Os estrategistas do banco destacam fatores como a desaceleração da inflação e o progresso na economia brasileira como impulsionadores da valorização do real. No entanto, especialistas acreditam que ainda há espaço para o real se desvalorizar mais, dependendo da aprovação de medidas fiscais e de sinalizações positivas para a economia.
Na casa de câmbio WU Câmbio, localizada no Centro do Rio, o dólar turismo era vendido a R$ 5,05, enquanto o euro estava sendo vendido a R$ 5,50 por volta das 16h.
Last modified: 20 de junho de 2023
