Na noite de segunda-feira, moradores de várias cidades brasileiras, como Araraquara, São Carlos, Rio Claro, Pirassununga, Mococa (em São Paulo), Varginha e Pouso Alegre (em Minas Gerais) e outras em Goiás, avistaram luzes azuladas ou esverdeadas no céu, o que despertou curiosidade e intriga. Alguns internautas compartilharam vídeos nas redes sociais, manifestando o desejo de que se tratasse de um meteorito. O astrônomo Marcelo De Cicco, coordenador do projeto de monitoramento de meteoros EXOSS, afirma que ainda não é possível afirmar com certeza o que foi avistado, mas sugere duas possibilidades: um meteoro ou lixo espacial.
De acordo com De Cicco, a primeira opção seria a queda de um pedaço de rocha vindo do espaço, atraído pelo campo gravitacional da Terra e queimando ao entrar na atmosfera terrestre. A segunda possibilidade, considerada mais provável, é que se trate de lixo espacial que retornou à atmosfera e se desintegrou. Lixo espacial inclui objetos humanos em órbita, como satélites desativados ou partes de foguetes. O astrônomo observa que o objeto avistado parecia ser menor do que um foguete, de acordo com suas características de velocidade, luminosidade e fragmentação.
O fato de não terem sido encontrados meteoritos (fragmentos remanescentes do meteoro após sua entrada na atmosfera) até o momento reforça a ideia de que possa ser lixo espacial. O astrônomo explica que, devido ao atrito cinético na atmosfera, o objeto é transformado em luz e calor, pulverizando-se e desintegrando-se, tornando-se um objeto luminoso. É raro que pedaços maiores sobrevivam e caiam no solo. Com o avanço da tecnologia e o aumento do uso de satélites, espera-se que a visualização da destruição de equipamentos desativados no espaço se torne mais comum.
No entanto, a confirmação de que se tratou de lixo espacial ou de um meteoro depende de informações sobre a reentrada de lixo espacial na atmosfera terrestre. Será necessário aguardar atualizações dos órgãos responsáveis pelo monitoramento de lixo espacial e satélites ao redor da Terra para obter mais detalhes sobre possíveis reentradas de objetos sobre o Brasil. Essa área é dinâmica e requer um acompanhamento contínuo para uma confirmação definitiva.
Last modified: 20 de junho de 2023