Reajuste nos planos de saúde afetará 8 milhões; saiba o aumento

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou um reajuste máximo de 9,63% nos preços dos planos de saúde individual e familiar, que afetará aproximadamente 8 milhões de pessoas. Essa mudança foi definida e aprovada durante reunião dos diretores da agência e terá validade de 1º de maio de 2023 até 30 de abril de 2024. As diferenças nos valores das mensalidades reajustadas de maio e junho serão cobradas em julho e agosto, além do reajuste já previsto para esses meses. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) aponta que o reajuste anunciado pela ANS é quase 67% maior do que a inflação acumulada em 2022.

Os planos de saúde individuais e familiares regulamentados serão os mais afetados pelo reajuste, representando cerca de 16% dos 50,6 milhões de consumidores de planos de assistência médica no país. Já nos planos coletivos ou empresariais, os ajustes são definidos pelas próprias operadoras. O reajuste será aplicado no mês de aniversário do contrato, podendo haver cobrança retroativa para os contratos com aniversário em maio, junho e julho. A ANS orienta os beneficiários a conferirem se o percentual aplicado é igual ou inferior ao determinado pela agência e se a cobrança com o índice de reajuste está sendo feita a partir do mês de aniversário do contrato.

A metodologia de cálculo utilizada pela ANS combina a variação das despesas assistenciais com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), descontando o subitem Plano de Saúde. Segundo a agência, essa metodologia tem permitido observar um padrão de variação de despesas e mitigar os efeitos da pandemia nos anos anteriores. Além disso, fatores como inflação, frequência de uso do plano de saúde e custos dos serviços médicos e insumos também impactam o valor final do plano.

Esse novo reajuste ocorre pouco mais de um ano após a ANS ter anunciado o maior aumento dos preços desde 2000, com uma alta de 15,5% nos valores. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) critica o novo ajuste, afirmando que é muito superior à inflação acumulada em 2022 e que transfere para o consumidor os problemas de gestão das operadoras do setor. Os consumidores têm a opção de mudar de plano de saúde por meio da portabilidade de carências para outra operadora, de acordo com a ANS. O interessado pode consultar o Guia ANS para verificar as opções disponíveis no mercado e as orientações da agência sobre os requisitos e regras para a portabilidade de carências.