O aspartame, principal adoçante de refrigerantes dietéticos, foi adicionado à lista de substâncias “possivelmente cancerígenas” da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), braço da OMS. A classificação foi baseada em “limitadas evidências de câncer em humanos” e em experimentos com animais. No entanto, o Comitê Misto da FAO e OMS concluiu que não há evidências convincentes de efeitos adversos do aspartame após a ingestão. A quantidade diária máxima recomendada é de 40 mg/kg, de acordo com a JECFA, mas a FDA permite até 50 mg/kg. Não há consenso científico sobre os malefícios dos adoçantes não nutritivos à saúde.
O aspartame é amplamente utilizado em produtos zero açúcar ou dietéticos, como refrigerantes, sucos, chás, iogurtes, entre outros. A classificação do aspartame como possivelmente cancerígeno ocorre dois meses após a Iarc desaconselhar o uso de adoçantes não nutritivos como substitutos do açúcar devido a possíveis efeitos colaterais a longo prazo. No entanto, os especialistas ressaltam que as recomendações são baseadas em análises de dados científicos, mas ainda não há uma relação intensa estabelecida entre o aspartame e o câncer.
A inclusão do aspartame na lista de possivelmente cancerígenos servirá de base para orientar profissionais de saúde e embasar políticas públicas e ações de saúde. A Anvisa será responsável por avaliar a recomendação da OMS e definir as regulamentações no Brasil. Especialistas destacam a importância de avaliar as evidências científicas e o contexto global da saúde pública ao interpretar as diretrizes.
Embora a classificação do aspartame como possivelmente cancerígeno tenha sido feita com base em evidências limitadas, as autoridades de saúde recomendam cautela no consumo de adoçantes não nutritivos e a análise individualizada de cada caso.
Tags:Aspartame, Câncer Last modified: 14 de julho de 2023
