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Campos Neto tenta censurar Galípolo no BC e gera mais tensão com o governo

A tentativa de condicionar entrevistas de diretores do Banco Central à aprovação prévia do presidente da instituição, Roberto Campos Neto, gerou tensão na instituição e pode agravar a relação entre o governo Lula e o BC, informa a colunista Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo.

A proposta foi discutida após a indicação de Gabriel Galípolo, alinhado ao governo, para comandar a diretoria de política monetária do banco. Galípolo defende a redução das taxas de juros, o que causaria divergências internas. Como reação, Campos estaria tentando impor uma “lei da mordaça” em seus diretores.

No entanto, técnicos do banco argumentam que os diretores têm independência e autonomia garantidas por lei, e que as entrevistas não podem ser vetadas. O único período em que não podem se manifestar é na semana que antecede e na posterior à reunião do Copom que define as taxas de juros. Além disso, diretores alinhados a Campos Neto reclamam das falas de Galípolo, pois acreditam que expõem o presidente da instituição a pressões políticas. Campos Neto também é alvo de um abaixo-assinado que pede sua destituição do cargo.

O Banco Central, em nota, afirmou que as regras internas para comunicação têm o objetivo de dar transparência às ações do BC, evitar assimetrias de informações e equilibrar o atendimento à imprensa. No entanto, destaca-se que os dirigentes têm plena liberdade para expressar suas opiniões nos canais que considerarem adequados.

Tags:, , Last modified: 19 de julho de 2023
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