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Written by 18:21 Economia

Com Putin, Dilma critica hegemonia do dólar e nega dinheiro à Rússia

Durante uma reunião com o líder russo, Vladimir Putin, em São Petersburgo, a chefe do banco do Brics e ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, reforçou seu discurso contrário à hegemonia do dólar em transações internacionais. Ela defendeu o uso de moedas locais, como o yuan chinês, em trocas comerciais entre os países emergentes do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Embora Dilma tenha rejeitado a especulação sobre o banco do Brics fazer novos empréstimos à Rússia, que enfrenta sanções internacionais devido à invasão da Ucrânia em 2022, a reunião levantou questões sobre a busca por maior autonomia desses países em relação ao dólar e aos Estados Unidos.

O presidente russo, Putin, concordou com Dilma em criticar o uso excessivo do dólar como moeda internacional e mostrou apoio à ideia de que as relações entre os países do Brics ocorram em moedas nacionais. Por outro lado, Lula, ex-presidente do Brasil e atualmente ligado ao NDB (Novo Banco do Desenvolvimento, como é chamado o banco dos Brics), defende uma posição de maior autonomia do Brasil em relação a Washington, o que causou algumas tensões diplomáticas devido à posição de Lula em relação à Guerra da Ucrânia.

Apesar de Dilma estar participando da cúpula de Putin com 17 líderes africanos, sua viagem não foi comunicada ao governo brasileiro. Esse movimento é visto como normal, já que ela pode estar alinhada com Lula, mas não trabalha para o petista. A presença de Dilma na reunião do Brics amplia a sensação reduzida de apoio da cúpula, considerando que a primeira edição teve 43 chefes de Estado. Ainda não houve comentários sobre a pretensão da ditadura da Belarus de entrar no grupo.

Tags:, Last modified: 26 de julho de 2023
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