Após o governo federal encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico Militares (Pecim), alguns estados brasileiros decidiram manter esse modelo de ensino em suas redes públicas de educação. Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas anunciou que pretende estabelecer um programa próprio de escolas cívico-militares em todo o estado. Em Santa Catarina, o governo estadual afirmou que manterá o modelo nas nove escolas que já o adotavam, enquanto no Paraná, os doze colégios vinculados ao programa federal migrarão para a rede estadual. Outros estados como Rio de Janeiro, Bahia, Goiás, Rondônia e Distrito Federal também possuem escolas cívico-militares independentes e não serão afetados pela decisão recente do governo.
Minas Gerais e Amazonas, que possuem escolas vinculadas ao Pecim, estão analisando a situação para decidir o futuro dessas instituições. O Ministério da Educação enviou ofícios às secretarias estaduais de educação comunicando sua decisão de desaconselhar a manutenção do programa a partir do próximo ano letivo. Alguns governadores, como Tarcísio de Freitas e Cláudio Castro, se manifestaram nas redes sociais em defesa da manutenção do modelo em seus estados e planejam ampliar o número de unidades.
O Pecim foi lançado em 2019 pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e previa a instalação de 200 escolas cívico-militares até 2023. Esse modelo difere das escolas militares mantidas pelas Forças Armadas, uma vez que as secretarias estaduais de Educação continuam sendo responsáveis pelos currículos escolares. Os militares atuam como monitores na gestão educacional, estabelecendo normas de convivência e aplicando medidas disciplinares.
Tags:Jair Bolsonaro, Lula Last modified: 14 de julho de 2023