Os oito países amazônicos, incluindo Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, assinaram a Declaração de Belém, um documento que estabelece uma agenda conjunta para a região. A reação ao texto foi dividida em relação a sua abordagem. Por um lado, o documento recebeu elogios por tratar de questões essenciais para a preservação da Amazônia e por indicar a criação de uma Aliança Amazônica de Combate ao Desmatamento. Por outro lado, foi criticado por não definir metas comuns, recursos e medidas mais concretas contra a degradação da floresta.
Os países concordaram em formar a Aliança Amazônica de Combate ao Desmatamento, mas não estabeleceram metas comuns. Cada país deve continuar seus esforços de acordo com seus compromissos nacionais, como a meta do Brasil de atingir o desmatamento zero até 2030. Também concordaram em cobrar dos países desenvolvidos o cumprimento de suas promessas de fornecer recursos financeiros para enfrentar os efeitos da mudança climática.
O grupo dos países amazônicos mencionou a mobilização de US$ 100 bilhões, mas criticou a falta de metas financeiras concretas. O texto não proibiu explicitamente a exploração de petróleo na Amazônia, um tema de debate durante a Cúpula. Em vez disso, o texto falou em iniciar um diálogo sobre a sustentabilidade de setores como mineração e hidrocarbonetos.
A Declaração de Belém abordou princípios transversais, como a proteção dos direitos humanos, a participação dos povos indígenas, a igualdade de gênero e a cooperação regional. Ela lançou a Aliança Amazônica de Combate ao Desmatamento, embora não tenha definido metas específicas, e estabeleceu diversas instâncias de cooperação e ação conjunta, incluindo um Mecanismo Amazônico de Povos Indígenas e um Painel Técnico-Científico Intergovernamental da Amazônia. A reação ao documento foi variada, com opiniões divididas entre vê-lo como um passo importante ou como um acordo inicial insuficiente.
Tags:Lula Last modified: 9 de agosto de 2023