O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, compareceu à CPI do 8 de Janeiro para prestar depoimento e esclarecer diversas acusações. Primeiramente, ele rejeitou sua autoria em uma minuta encontrada em sua casa, classificando-a como “fantasiosa” e “aberração jurídica”. Ele explicou que frequentemente levava documentos para casa devido à sua carga de trabalho e negou qualquer conexão com o documento.
Em relação à sua viagem à Disney durante os eventos de 8 de janeiro, Torres afirmou que a viagem havia sido planejada com antecedência em novembro e que não recebeu alertas sobre os atos de vandalismo que ocorreram na Praça dos Três Poderes. Ele destacou que, caso tivesse recebido tais alertas, não teria realizado a viagem.
No que diz respeito aos possíveis bloqueios de rodovias durante as eleições, Torres respondeu às acusações por meio da relatora da CPI, Eliziane Gama, propondo uma acareação entre ele e Leandro Almada, superintendente da PF na Bahia. Essa medida foi proposta para esclarecer mais detalhadamente o ocorrido e dissipar dúvidas sobre seu envolvimento.
Ao longo do depoimento, Torres foi cumprimentado por outros ex-membros do governo Bolsonaro presentes na CPI, como Sergio Moro e Rogério Marinho. Ele também confrontou restrições impostas pelo STF à participação do senador Flávio Bolsonaro, argumentando que sua voz não seria silenciada por decisões judiciais.
Além das respostas às acusações, a sessão da CPI também teve momentos de tensão, incluindo discussões entre parlamentares e um incidente envolvendo um suposto cuspe do senador Rogério Carvalho (PT-SE) no deputado Marco Feliciano (PL-SP).
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