O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso pela Polícia Federal (PF) sob suspeita de utilizar a estrutura da PRF para prejudicar eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das eleições de 2022. Em seu depoimento à PF, Vasques negou que as blitze realizadas no dia das eleições tivessem como objetivo impedir eleitores de Lula de votar, afirmando que a intenção era coibir a compra de votos. As operações de fiscalização foram concentradas nas regiões Norte e Nordeste, onde Lula tinha mais apoio segundo pesquisas.
Vasques, que havia declarado voto em Bolsonaro na véspera das eleições, afirmou que a orientação para realizar tais operações com um possível viés eleitoral partiu do Ministério da Justiça, ao qual a PRF é subordinada. A defesa de Vasques enfatizou que não houve contradição em seu depoimento e que não houve pedido para cometer infrações ou perseguir motivações políticas.
Durante o depoimento, Silvinei Vasques teve uma queda de pressão e passou mal, sendo prontamente atendido, e depois continuou a prestar informações aos investigadores. Sua versão sobre as blitze já havia sido apresentada em um depoimento anterior à CPI dos Atos Golpistas no Congresso, antes de sua prisão.
Tags:Bolsonaro, Lula, PRF, Silvinei Vasques Last modified: 10 de agosto de 2023