O Ministério da Educação planeja reformar o Ensino Médio no Brasil com uma proposta que prevê um aumento na carga horária para 2,4 mil horas. Atualmente, 60% das horas são dedicadas a disciplinas comuns, mas a nova proposta busca elevar esse percentual para 80%. A consulta pública realizada desde março serviu de base para essas mudanças, que têm como objetivo ampliar a qualidade da educação no país. O ministro da Educação, Camilo Santana, pretende enviar a proposta consolidada para o novo Ensino Médio ao Congresso até setembro.
As áreas de conhecimento comum propostas pelo ministério incluem disciplinas como inglês e espanhol (alternativamente), arte, educação física, literatura, história, sociologia, filosofia, geografia, química, física, biologia e educação digital. Atualmente, somente português, matemática, educação física, arte e filosofia são disciplinas obrigatórias. O MEC deseja vedar a educação a distância para essas disciplinas básicas.
A nova proposta permitiria ao estudante escolher entre dois percursos de aprofundamento: linguagens, matemática e ciências da natureza; ou linguagens, matemática e ciências humanas e sociais; além da formação técnica e profissional. A consulta pública demonstrou uma posição majoritária contra a redução da carga horária da formação comum para 1,8 mil horas, o que levou o MEC a propor a ampliação das horas de currículo comum para 2,4 mil horas.
Até o dia 21 de agosto, a proposta será submetida a sugestões do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), outras entidades de educação, bem como às comissões de educação da Câmara e do Senado. A partir de então, o MEC consolidará a proposta e buscará a avaliação do presidente Lula da Silva, para determinar quais pontos tramitarão via projeto de lei, portaria ou decreto. O objetivo é implementar as mudanças até 2023 para evitar descontinuidade e prejuízos acadêmicos em 2024.
Tags:MEC Last modified: 7 de agosto de 2023