Quem é a tal mulher da casa abandonada?

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07 de julho de 2022

O podcast do momento se chama A Mulher da Casa Abandonada e conta a história de Mari, que vive em um casarão em SP e não é quem diz ser… Eita!

Entenda a polêmica

Quem é a tal mulher da casa abandonada?

Mesmo que você não seja a pessoa mais conectada do mundo, deve ter escutado sobre um casarão no bairro do Higienópolis, em São Paulo, que se tornou o mais novo ponto turístico da cidade.

O “boom” deu-se por causa de um podcast da Folha chamado A Mulher da Casa Abandonada. Ele narra uma investigação feita pelo jornalista Chico Felitti, que conta a história de Mari, uma figura peculiar que vive no imóvel.

Só que a Mari não é quem ela diz ser. Na realidade, o nome verdadeiro da protagonista da história que se transformou no novo vício das pessoas é Margarida Bonetti – e a figura guarda alguns mistérios. 

O primeiro é que Margarida está sempre com o rosto coberto por uma espessa pomada branca. Segundo Felitti, fontes revelaram que a moça de meia idade diz ter problemas de pele, e que por isso está sempre com o rosto cheio de pomada.

Só que, das raras vezes em que foi flagrada sem a polêmica pasta branca, a pele da mulher parecia saudável e intacta. As aparências enganam mesmo, mas será que existe algo a mais a ser desvendado?

É o que a reportagem do jornalista da Folha pretende revelar… E já está revelando!

Ao que tudo indica, Margarida Bonetti é uma foragida do FBI e exatamente por isso mora em uma casa abandonada, faz raríssimas aparições públicas e está sempre com o rosto parcialmente camuflado. 

Segundo a suposta história, nos anos 70, a brasileira mudou-se com seu marido, Renê, para os Estados Unidos. Junto do casal foi a empregada doméstica que trabalhava para eles na época. 

A história já começa terrível: a funcionária teria sido “dada” pela família de Margarida, como se fosse um objeto. E ela só piora!

Nos EUA, a empregada teria vivido por 20 anos em condições análogas à escravidão, segundo investigações do FBI. Ela era agredida pelos patrões e não recebia salário, além de outras explorações e violências diárias, envolvendo inclusive agressões físicas.

Eis que, depois de muito sofrimento, uma vizinha do casal percebeu o que estava acontecendo e decidiu ajudar a funcionária. Renê foi denunciado e condenado posteriormente a seis anos de prisão – só que Margarida conseguiu fugir para o Brasil na época em que seu marido era investigado, não tendo ido a julgamento. 

Desde então, a “Mari” vive como uma eremita em plena selva de pedra, e agora vem recebendo a visita de muitos curiosos, que vão observar a casa mais badalada do momento e tirar fotos dela.

Por que Margarida não vai presa, ainda mais agora em que toda essa história está vindo à tona? Bem, por duas razões: como os crimes aconteceram em outro país, a mulher é protegida pelo que a Justiça chama de soberania brasileira. Além disso, a Constituição não permite que brasileiros natos sejam extraditados – e só de volta aos EUA que ela poderia enfim pagar pelos crimes que o FBI diz que ela cometeu e que estão sendo contados no podcast A Mulher da Casa Abandonada.