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22 de julho de 2022
Novas descobertas a respeito da síndrome pós-Covid estão sendo feitas, o que pode ajudar no diagnóstico da nova doença decorrente do coronavírus
Entenda a polêmica
Como saber se estou com Covid longa?
A maioria das pessoas que contrai o coronavírus e se recupera da Covid-19 leva alguns dias para se livrar dos principais sintomas da doença, como febre, dor de cabeça, tosse e cansaço extremo. Esse período de tempo, inclusive, tem se tornado cada vez menor, justamente por causa da vacinação.
Entretanto, a OMS (Organização Mundial da Saúde) acredita que entre 10% e 20% dos pacientes podem desenvolver quadros de Covid longa ou síndrome pós-Covid, com sintomas insistentes que podem levar semanas e até meses para desaparecer.
Estudos estão sendo realizados sobre o tema, então o diagnóstico ainda é delicado. Entretanto, a dor de cabeça aparece na maioria dos indivíduos com a manifestação.
Ela pode ser leve e constante ou intensa e passageira, muito semelhante a uma crise de enxaqueca. Cientistas garantem que o quadro é mais comum em pessoas que já sentiam dores de cabeça constantes antes de contraírem a Covid-19.
Ansiedade, estresse pós-traumático e depressão também podem acabar se manifestando durante a síndrome. A neurologista Clarissa Yasuda, coordenadora do projeto NeuroCovid, explica em entrevista à VEJA que há uma série de fatores que justificam tais manifestações, desde inflamações sistêmicas até predisposição genética.
Aliás, por falar em inflamação, recentemente, um grupo de cientistas descobriu que a queda capilar causada pela Covid longa pode estar relacionada à inflamação dos folículos capilares.
Anteriormente, acreditava-se que o eflúvio telógeno [aumento da queda diária de fios] era motivado pelo uso de determinados medicamentos. Agora, descobriu-se que o coronavírus pode acabar se alojando nos folículos pilosos, causando um entupimento desses poros, uma inflamação do couro cabeludo e uma queda mais acentuada de cabelos por um período de tempo.
Pequenos entupimentos nas artérias cerebrais também foram notados, o que pode levar a casos de AVC. Perda de olfato e paladar também são constantes durante a síndrome pós-Covid.
Assusta, né? Por isso, o acompanhamento médico é importante, especialmente se os sintomas da doença continuarem mesmo após a testagem negativa do vírus.
Porém, vale reforçar que a Covid longa afeta somente 10% a 20% dos pacientes.
Last modified: 3 de março de 2023