O tempo está passando mesmo mais depressa?

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08 de agosto de 2022

Você já teve a impressão de que o dia passou rápido demais? E se a gente te contar que a Terra está realmente girando mais depressa?! #BraceYourselves

Entenda a polêmica

O tempo está passando mesmo mais depressa?

Definitivamente, ainda mais se você for adulto, já deve ter soltado uma interjeição de surpresa ao se dar conta de que metade do ano já passou… Acertamos?! É claro que o tempo é algo relativo e coisa e tal, mas e se te falarmos que alguns dias estão realmente passando mais depressa?

Calma, existe uma explicação para isso! Ou algumas… Primeiro, é interessante saber que cientistas descobriram que o movimento de rotação da Terra, responsável pelo passar das horas, tem se acelerado.

Segundo reportagem do The Guardian, 29 de junho de 2020 foi o dia mais curto da História, com 1,59 milissegundos a menos! Antes disso, o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) já havia identificado, apenas em 2020, 28 dias com uma duração mais curta.  

É evidente que estamos falando de milésimos de segundos – e, em teoria, todos os dias ainda possuem 24h, mesmo que não exatas, como é possível notar -, só que essa aceleração tem que tornado cada vez mais frequente, o que preocupa os cientistas.

Eles garantem que, se essa tendência se firmar e recordes começarem a ser quebrados com regularidade, será necessário remover um segundo dos relógios atômicos, que são aqueles que contabilizam as horas globais exatas [movidos a quartzo, eles marcam sempre a hora acertada, sem precisar de ajustes, com o auxílio de átomos].

Agora, você deve estar se perguntando se existe uma explicação para tudo isso?! Há uma série de hipóteses, todas ligadas às mudanças climáticas, mas nenhuma ainda confirmada. 

O tempo de rotação pode estar sendo afetado pela movimentação que ocorre no núcleo fundido do interior do nosso planeta e pela oscilação no movimento dos pólos geográficos, chamada Oscilação de Chandler. Estas são as duas teorias mais cogitadas.

Os dias com milissegundos a menos ainda não configuram uma ameaça real, mas ligam o alerta (mais um!) para o caos que a Terra pode se tornar em um futuro não tão distante, por ações naturais, é verdade, mas aceleradas pelo próprio homem, movidos por uma ganância que bem conhecemos.

Não, ainda não há planeta B – nem para os bilionários de plantão.