Quais são os prós e os contras da privatização?

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30 de agosto de 2022

Privatizar ou não privatizar? Eis a questão! Você sabe quais são as vantagens e as desvantagens dessa proposta política? Veja as principais delas a seguir

Entenda a polêmica

Quais são os prós e os contras da privatização?

Como era de se esperar, o debate presidencial na Band, que aconteceu na noite do último domingo (28), rendeu vários memes. 

O pessoal, por exemplo, não perdoou o fato do candidato Luiz Felipe D’Ávila (Novo) sugerir insistentemente privatizar diversos setores da indústria, proposta que é uma das marcas registradas do partido do qual faz parte.  

Inclusive, esse é um assunto que há tempos vem rendendo pano pra manga, né?

Em 2020, em meio a pandemia de coronavírus, o Parque do Ibirapuera tornou-se de responsabilidade da Urbia Parques, uma empresa privada que gere também o Parque Faria Lima. Ou seja, o Ibira foi privatizado.

Se de um lado foi apresentado um plano para regulamentar os vendedores autônomos do parque e trazer melhorias de infraestrutura para o espaço, de outro, preços abusivos, como de estacionamento, comidas e bebidas, dificultam o acesso da população mais pobre.

Então, quais são as vantagens e as desvantagens da privatização?

Primeiro, é importante entender que privatizar significa colocar sob o controle de uma empresa particular a gestão de um bem público, normalmente numa tentativa de diminuir gastos públicos, assim como restringir a presença do Estado nas relações econômicas do país.

Além disso, na estrondosa maioria das vezes, a privatização favorece oligarquias, que são aqueles grupos de milionários e magnatas que já detêm grande poder, compactuando assim com a desigualdade socioeconômica.

A título de curiosidade, oligarquia é uma palavra de origem grega que significa “governo de poucos”. Logo, a privatização é mais uma proposta de governo que não é pensada para todos – apenas para aquela parcela mais rica da sociedade.

Os prós da privatização:

– aumento dos lucros das empresas/concessionárias;

– diminuição de gastos com a folha salarial e

– investimentos em infraestrutura do espaço privatizado.

Os contras da privatização:

– maior terceirização, elevando o número de demissões;

– redução da renda dos assalariados e precarização do trabalho e

– desestatização de um bem público, que pode culminar num aumento da desigualdade social.

Por fim, cabe agora uma reflexão: não é curioso como a maioria das propostas que sugerem privatizações venha de partidos e políticos que não são historicamente conhecidos por governar para aqueles que mais necessitam de políticas públicas? Fica aí o questionamento.