Meningite meningocócica: o que é preciso saber sobre a doença

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14 de outubro de 2022

A seguir, um guia da meningite meningocócica, com os principais sintomas, os meios de transmissão, os tratamentos e as formas de prevenir o contágio

Saúde

Meningite meningocócica: o que é preciso saber sobre a doença

Considerada uma doença endêmica no Brasil, um novo surto de meningite tem assustado os brasileiros. Até o final de setembro, o Ministério da Saúde registrou quase 6 mil casos da doença e 707 mortes. São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais são os estados mais afetados. 

A meningite em questão é a meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis, uma das mais graves. Ela tem quatro tipos (A, B, C, W, X e Y) e o grupo de risco é composto por bebês, crianças, adolescentes e jovens adultos. A vacina é a principal forma de prevenção.

O que é a meningite meningocócica?

É uma grave inflamação das meninges (membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal), que pode levar de 10 a 20% dos infectados a óbito em até 48 horas. Se curada, pode vir a deixar sequelas em 11% a 19% dos sobreviventes, como convulsões, amputação de membros do corpo, e deficiência visual e auditiva. 

Quais são os sintomas?

Os principais são dor de cabeça, febre, rigidez na nuca e enjoo, mas alguns portadores podem ser assintomáticos – embora seja mais difícil. 

Como é transmitida?

A transmissão mais comum se dá através das vias respiratórias, por gotículas e secreções, como espirro, tosse, beijo, saliva, etc. Contudo, algumas pessoas podem ser assintomáticas, ou seja, portar a bactéria meningococo, não desenvolver a doença e eventualmente transmitir a bactéria para outras pessoas.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento?

Segundo a Organização Mundial da Saúde, coletas de sangue e do líquido cefalorraquidiano (líquor) são necessárias para avaliar o quadro do paciente.  

Quando o agente causador for identificado, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível. Ele é feito com antibióticos, como o Ceftriaxona, que são injetados na veia em ambiente hospitalar. Justamente por isso, o tempo de internação do paciente costuma ser de sete dias.

Quais são as formas mais eficazes de prevenção?

A vacina é a principal delas, e existem diferentes imunizantes para a prevenção dos vários tipos de bactéria da meningite meningocócica. Por ora, a vacinação no SUS em decorrência do novo surto está ocorrendo apenas em regiões mais afetadas, para a realização de bloqueios vacinais. No sistema particular, é possível encontrar a vacina meningocócica conjugada quadrivalente (ACWY). Ela custa em média R$ 500.

Além disso, as dicas básicas de proteção contra o coronavírus valem também para o combate à meningite: higienizar bem as mãos, usar álcool em gel, não compartilhar objetos de uso pessoal, evitar aglomerações e manter ambientes bem ventilados.

Por enquanto, o Ministério da Saúde não vê chances do quadro evoluir para uma epidemia – se os bloqueios vacinais continuarem a ser realizados com sucesso e a população não fugir de vacinações.

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