Veja os últimos desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia, e como ela pode afetar os preços de produtos no Brasil. Até seu pão vai ficar mais caro!
Rússia x Ucrânia
Reunião de cessar-fogo termina em aberto
O mundo aguardava ansioso a reunião entre Rússia e Ucrânia, que aconteceu nesta segunda-feira (28), em Gomel, na Belarus. A esperança de um cessar-fogo, contudo, ficou para depois, porque o encontro acabou sem grandes avanços.
A principal razão foi que Moscou seguiu firme em seu posicionamento que busca a neutralidade da Ucrânia, proibindo-a de fazer parte da Otan e da União Europeia. Em contrapartida, Kiev exigiu a retirada imediata das tropas russas da capital. Com medo de ter o país desmembrado por Vladimir Putin, Volodimir Zelenski não concordou com as negociações.
Joe Biden, presidente dos EUA, e membros da ONU também organizaram respectivamente reuniões que ocorreram nesta segunda, mas nenhuma terminou com maiores avanços.
Apesar da ameaça nuclear feita pela Rússia, especialistas acreditam que Putin não vai autorizar o uso desse tipo de armamento. Sanções seguem sendo feitas na tentativa de boicotar o país russo – embora a gente saiba que elas estão longe de resolver alguma coisa.
Entenda a polêmica
Produtos que devem encarecer por causa da guerra
Apesar de Jair Bolsonaro sugerir neutralidade perante a guerra, Ronaldo Costa Filho, embaixador do Brasil na ONU, discursou nesta segunda-feira (28) na Assembleia-Geral do órgão e se posicionou contra as investidas russas. “Todos vão sofrer, não só os que estão lutando”, disse.
Apesar do posicionamento solidário à Ucrânia, ele não deixa de ter razão, uma vez que uma guerra ressoa no mundo todo, ainda mais financeiramente, vide globalização e capitalismo.
A seguir, você confere quais produtos podem subir de preço no Brasil por causa dos conflitos armados entre Rússia e Ucrânia:
1. Grãos como trigo, milho e soja
Embora o país não importe diretamente esses alimentos da Rússia ou Ucrânia, os preços internacionais já subiram 20%, segundo a consultoria Agroconsult. Por isso, esses alimentos devem ficar mais caros e os que trabalham com o agronegócio devem sentir ainda mais o baque. Além disso, é possível que o plantio seja prejudicado, causando uma queda na oferta, caso os conflitos armados continuem.
2. Farinha
O aumento do preço de mercado do trigo já impacta no valor da farinha, que pode acabar interferindo na produção de padarias, que podem consequentemente ter que reajustar alguns preços. “Com a Rússia sendo primeiro exportador mundial e Ucrânia o quarto, no mercado internacional a perspectiva de uma alta do produto elevou o preço em todos os mercados”, explicou Rubens Barbosa, presidente da Abitrigo. Pois é, o seu pãozinho também deve ficar mais caro…
3. Fertilizantes
Cerca de 20% dos adubos que o Brasil compra vem da Rússia, nosso maior fornecedor. De acordo com um levantamento realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o preço deles já subiu 5,8% desde que a guerra começou. Como consequência, esse cenário faz o preço de alguns alimentos subirem ainda mais.
4. Petróleo e gás natural
A Rússia é responsável por mais de 10% da produção mundial desses dois tipos de combustíveis e o preço do barril do petróleo, por exemplo, subiu 5% nesta segunda (28), após países como EUA decretarem sanções. Analistas acreditam que, se um cessar-fogo não for assinado, tonéis do óleo podem chegar a até US$ 200 cada!
5. Gasolina
Sob o medo de uma redução do fornecimento russo de petróleo, o valor do combustível subiu, o que, consequentemente, afeta o bolso do motorista – que já vem há meses sofrendo com a alta do preço da gasolina e do diesel. #BraceYourselves
Last modified: 1 de março de 2022