Na segunda-feira (27), o advogado Tacla Duran foi ouvido pelo juiz Eduardo Appio, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba. Em depoimento, o ex-Odebrecht e apontado como operador financeiro da construtora em esquemas de corrupção, disse ter sofrido tentativas de extorsão para não ser preso durante investigações da Lava Jato, inclusive do ex-juiz Sérgio Moro.
Um dia depois, Appio pediu para a Polícia Federal abrir um inquérito para investigar com urgência a fala de Duran, que assustou Moro.
Como o ex-juiz, hoje senador, tem foro privilegiado, Appio remeteu a acusação ao STF. Acontece que Moro não quer que o caso vá parar na Suprema Corte. Na noite de terça-feira (28), Moro pediu à Justiça que reconsidere a decisão de Appio. Ele também solicitou que Appio não tome mais decisões em processos da Lava Jato até que um pedido de suspeição do magistrado feito pelo Ministério Público seja analisado.
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Moro diz que não teme nenhuma investigação, mas que “a realização do ato revestiu-se de caráter inusitado”, referindo-se ao despacho do processo da extinta operação após depoimento de Duran.
Para analistas, a atitude de Sérgio Moro foi uma manobra para barrar a atuação de Eduardo Appio e abafar as declarações do advogado Tecla Duran.
Last modified: 30 de março de 2023
