O último dia de Lula (PT) em Portugal foi marcado por protestos de parlamentares do partido Chega, da extrema direita.
Durante discurso comemorativo do 49º aniversário da Revolução dos Cravos, que marcou o fim da ditadura de António de Oliveira Salazar no país, 11 parlamentares vaiaram a fala do ex-presidente e sua presença em Portugal. “Ladrão”, diziam alguns cartazes.
Santos Silva (PS), presidente do Parlamento, interrompeu Lula respeitosamente e pediu respeito aos colegas. “Chega de insultos, chega de envergonhar as instituições, chega de envergonhar o nome de Portugal“, disse.
Nas ruas próximas ao Parlamento, protestos pró e contra Lula também aconteciam.
Inabalado, o presidente da República disse ter certeza de que essas pessoas “vão pensar: ‘Que papelão nós fizemos'” quando deitarem a cabeça no travesseiro. “Viva a liberdade e a democracia. E não ao fascismo político e injusto”, finalizou.
Em seu discurso, aplaudido por outros parlamentares, Lula falou não acreditar em soluções militares para resolver os problemas atuais, referindo-se à guerra entre Rússia e Ucrânia. “Nenhuma solução, de qualquer conflito, nacional ou internacional, será duradoura se não for baseada no diálogo e na negociação política”, garantiu.
Tags:Lula, Portugal Last modified: 25 de abril de 2023